Depois de comermos nossos sorvetes e a Isadora fumar um cigarro pegamos um táxi e fomos pra casa. Ela estava relutante quanto a entrar, por ela continuávamos na rua andando sem rumo.
- Isadora se você não parar quieta eu vou te enfiar embaixo do chuveiro. - Digo tentando tirar o sapato dela.
- Que sexy. - Ela diz.
- Você só me provoca, mas tenho certeza que se fizesse alguma coisa você me mataria amanhã.
- Você está certo. - Ela diz enquanto eu levanto do chão. - Como você fez pra melhorar tão rápido?
- Eu cuidei de uma certa bêbada.
- Eu tô bêbada? Eu só tô tonta.
- Aham. - Sorri. - Você precisa de ajuda?
- Quero que você me ajude a colocar minha camisola. - Ela pediu sapeca.
- Onde tá? - Questionei e ela apontou pro lugar onde estava. - Eu vou ajudar você e vou dormir porque amanhã tenho aula...
Quando me virei de frente pra ela, vi que estava sem o vestido que ela vestia anteriormente e estava só de lingerie.
- Me ajuda a colocar. - Ela esticou os braços pra que eu colocasse.
Ajudei ela a colocar seu pijama e em seguida a arrumar sua cama, ela deitou e eu ajeitei seus travesseiros, ela me olhava fixamente pra mim o que me deixava tímido.
- Mais alguma coisa? - A questiono.
- Sim, eu quero fumar um cigarro. - Ela senta na cama bagunçando o que eu tinha arrumado.
- Isadora, você já tá pronta pra dormir. - Insisto.
- Só um cigarrinho. - Ela pede.
- Você tá tão cheirosa, vai ficar fedendo a cigarro.
- Ok então. - Ela deita novamente.
- Já vou pro meu quarto então. - Digo levantando da cama mas ela me puxa me fazendo sentar novamente.
- Não vai querer dormir comigo?
- Você não gosta. Deixaria hoje?
- Quem sabe. - Me provocou.
- Eu posso ficar aqui hoje?
- Não. - Ela disse e gargalhou me fazendo revirar os olhos. - Ei, não revira os olhos pra mim, sou eu quem faz isso.
- Já que você não vai deixar eu ficar, eu vou dormir no meu quarto. - Levantei da cama e fui até a porta, mas antes parei e a olhei. - Tem certeza que não quer que eu fique?
- Tenho. - Ela riu baixinho.
- Boa noite.
- Boa noite Lucas. - Ela gritou antes de eu fechar a porta.
Fui pro meu quarto dormir, olhei no relógio e vi que já eram quase 4:00am. Me joguei na cama não acreditando na noite de hoje, conheci uma Isadora totalmente diferente da que tinha visto até agora. E eu adorei.
~~
Ponto de vista: Isadora
Ouvi um barulho na porta e a claridade invadir meu quarto, abri os olhos e fechei rapidamente, senti uma pontada na minha cabeça então grunhi de dor.
- Isadora. - Ouvi a voz manhosa do Lucas.
- Quê? - Respondi com dor.
- Cadê a Carol e o Chris? - Me perguntou.
- Como que eu vou saber? Você me acordou. Que horas são? - Abri os olhos com dificuldade.
- 14:15. - Ele respondeu.
- Você não foi pro curso? - O questionei.
- Eu recém acordei.
- Fecha essa porta, minha cabeça vai explodir. - Disse e ele fechou a porta melhorando minha dor de cabeça.
- Eu acho que eu vou morrer. - Ele disse e se atirou emcima da minha cama.
- Eu também. - Cobri minha cabeça com o travesseiro.
- Você se lembra do que aconteceu ontem? - Ele me questiona.
- Não nem quero. - Reclamei.
- Nem parecia você. - Ele riu e logo reclamou da dor de cabeça.
- Eu bati em alguém?
- Não. - Ele respondeu.
- Eu fiz algo ilegal?
- Não também.
- Então tá tudo ok.
- Você fica muito legal bêbada, quase arrombou um carro pensando que era o seu e a gente nem foi no seu carro.
- Como assim? - Disse sem lembrar.
- A gente foi num restaurante e depois fomos num bar, lembra?
- Sim.
- Quando a gente saiu do bar você começou a procurar seu carro e viu um que nem parecido era e quis que o carro abrisse, aí o dono do carro apareceu e você discutiu com ele.
- E você deixou eu passar vergonha?
- Você me disse isso na hora também. - Ele gargalhou. - Eu disse pra você que não era seu carro, mas você é muito cabeça dura.
- Que vergonha. - Apertei o travesseiro no rosto.
- Você disse que eu sou lindo também. - Ele disse e eu tirei o travesseiro do rosto pra encara-lo. - Que foi?
- Não força.
- Mas é sério.
- Eu tava bêbada Lucas.
- Bem bêbada.
- A gente transou? - Questionei.
- Isadora, você é sempre tão direta! - Ele riu. - Não, por que?
- Menos mal, não me sinto tão usada assim.
- Não que você não quisesse.
- Ai garoto bem menos.
Meu celular tocou e senti como se levasse uma martelada na cabeça, fechei os olhos com força e peguei o celular pra atender.
- Oi. - Disse com dor.
- Oi amiga, como você tá? - Ouvi a voz da Carolina do outro lado.
- Não sei.
- Credo que voz. Tenho uma missão pra você hoje.
- Não quero. - Grunhi.
- Não sei opção pra você. Você precisa ir no mercado caso contrário não teremos jantar hoje.
- Carolina, eu bebi ontem, minha cabeça tá doendo e...
- Você tá de ressaca? - Ela gargalhou. - Você bêbada é a melhor pessoa.
- Não grita carolina. Minha cabeça dói. - Disse baixinho.
- Tá bom, mas você precisa ir no mercado. A lista das compras ficou emcima da mesa e eu não quero apressar você, mas tá ficando tarde e eu tô com fome. - Ela disse e desligou.
- Droga! - Apertei a cabeça com o travesseiro.
- O que foi? - Lucas questionou.
- A Carolina incomodando. - Disse levantando da cama. - Levanta logo porque a gente precisa ir no mercado.
- A gente? Eu tenho que ir também? - Ele me olhou.
- Sim, ou você acha que eu vou ir sozinha no estado que estou?
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Opostos - T3ddy
Fanfiction🚫 NÃO AUTORIZO ADAPTAÇÕES Duas pessoas, uma casa e 30 dias pra fazer sentimentos acontecer!