Opostos - T3ddy

Meses depois

Minha estadia no Brasil foi boa, mas eu já estava com saudades de casa. Depois da difícil conversa com a Carol sobre a minha gravidez e eu não ter conversado com ela antes de viajar, agora eu descansava enquanto curtia meus lindos seis meses de gravidez e o barrigão.

Minha chefe não ficou satisfeita ao saber da minha gravidez e muito menos de ser dois, ela sabe que mesmo sem a licença maternidade que existe no Brasil meu rendimento ficará afetado por estar longe dos meus bebês.

Hoje Lucas chegará do Brasil, tenho mais um ultrassom e pelo que o médico disse conseguiria ver o sexo dos bebês e ele queria estar presente. Depois de encontrá-lo no aeroporto fomos pro hospital fazer os exames.

O procedimento era sempre o mesmo, tirava a blusa, a enfermeira passava o gel e em seguida passava o aparelho na minha barriga, mas a cada dia o nervosismo aumenta.

- E aí? Da pra ver o sexo? - Questionei.

A enfermeira ficou em silêncio enquanto ainda olhava.

- Pelo que consigo ver, é um menino e uma menina. - Ela disse.

Eu sorri satisfeita. Assim como eu queria.

- Isa, Isa. - Lucas me sacudiu. - É um menino e uma menina, né? Foi o que ela disse, né?

- Sim, Lucas. São um menino e uma menina. - Respondi.

- Já pensaram nos nomes? - A enfermeira questionou enquanto continuava o exame.

- Decidimos que cada um escolherá um nome pra um bebê. - Respondi.

- O que ela disse? - Lucas cochichou para mim.

- Se já escolhemos os nomes. Eu disse que eu vou escolher os dois porque vocês não é capaz. - Respondi.

- Pensei que tínhamos combinado o contrário. - Lucas respondeu.

Eu ri.

- Está tudo bem com os seus bebês. Eles estão ótimos. - A moça disse enquanto me ajudava a limpar minha barriga. - Você tem dois filhos maravilhosos.

- Obrigada. - Respondi sorrindo.

Lucas me olhou curioso.

- Ela disse que eles estão ótimos. - Disse a ele que assentiu com a cabeça.

Depois do exame fomos almoçar, Lucas me incomodava dizendo que era perigoso eu dirigir grávida, eu apenas ignorava e tomava o volante do meu carro.

- Eu fico tão feliz em saber que eles estão bem. - Disse passando a mão na minha barriga.

- Eu também. - Lucas disse

- Eu me senti muito culpada quando descobri que estava grávida. Antes de saber eu bebia demais, passei noites sem comer tomando bebidas fortes, nunca me perdoaria se isso fizesse mal a eles. - Disse com vontade de chorar.

- O importante é que tá tudo bem. Não fica pensando assim. - Lucas disse.

- Sim. - Disse secando as lágrimas que estavam empoçadas nos meus olhos. - A gente podia comprar uma roupinha pra eles depois que sairmos daqui, né? Eles não têm nada ainda.

- Vamos. - Lucas disse empolgado.

- Obrigada. - Disse.

- Pelo quê?

- Por estar ao meu lado.

- Isadora, eu não faço mais do que a minha obrigação. - Ele respondeu.

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Chegamos em casa já estava anoitecendo, Carol estava na cozinha preparando o jantar e quando viu o Lucas largou tudo e foi correndo abraça-lo. Ele levou suas malas para o quarto vazio e em seguida se juntou a nós na cozinha.