Opostos - T3ddy

Vigésimo quinto dia

Acordei no dia seguinte com o Lucas do meu lado, foi bom poder abrir os olhos e ve-lo ali pertinho de mim, melhor ainda ver que ele segurava minha mão. Sorri e o abracei, logo ele despertou e sorriu.

- Oi. - Eu disse.

- Bom dia. - Ele se esticou. - Que horas são?

- Na verdade não sei. Não deve ser muito cedo.

- Vamos levantar? - Lucas me questionou.

- Óbvio. - Disse e levantei da cama.

- Ah, mas porque? A gente podia ficar mais um pouquinho na cama.

- Porque o Mauro deve estar sozinho com o Christian.

- E o que isso tem haver? - Ele senta na cama com cara de sono.

- Pensei que você gostasse dos seus amigos. - Respondi enquanto vestia meu short. - Deve ser um saco ficar sozinho com o Christian.

- Porque você se importa?

- Por que eu gosto do Mauro. - Jogo a camiseta do Lucas nele. - Anda logo.

Não ouço nenhum ruído, então olho pra trás e vejo ele de braços cruzados olhando pro nada.

- Qual foi Lucas?

- Vai lá com o Mauro se você gosta tanto dele. - Ele deita e vira de costas.

- Ah eu não tô acreditando nisso. - Revirei os olhos.

- Não precisa ficar aqui. Vai com ele.

- Lucas para de graça e levanta dessa cama. - Disse puxando as cobertas pra ele levantar. - Se não eu vou mesmo.

- Você lembra do que disse naquela noite na balada? - Ele questionou.

Eu ri.

- Acho que sim. - Respondi entre um risinho.

- E mesmo assim quer ficar na volta dele?

- Olha Lucas eu podia ter mentido ou disfarçado que não tava a fim, mas ao contrário fui sincera com você. Qual o problema?

- Sua sinceridade foi péssima.

- Mas fui sincera e isso que importa. - Dei de ombros. - Vai continuar de mimimi ou vai levantar dessa cama e se juntar a nós?

- Eu vou levantar, mas é porque eu quero. - Lucas disse.

- Aham. - Debochei.

Depois de me arrumar fui pra cozinha encontrar os meninos, mas pra minha surpresa só o Mauro estava lá, logo ele me contou que Christian tinha saído com a Carolina cedo.

- Eles ficam? - Mauro me questionou.

- Acho que não. Até onde sei.

- Que bom. As vezes me sinto de vela aqui entre vocês, parece que todo mundo se pega. - Mauro disse.

- Deixa de ser bobo Maurinho. Enquanto eu estiver aqui você não precisa se sentir assim.

- Assim como? - Lucas aparece na cozinha questionando.

- De vela. Ele disse que se sente. - Respondi.

- Mas a partir do momento que você e eu somos um casal, ele pode se sentir assim. - Lucas responde.

- Lucas, nós já conversamos sobre isso. - Eu disse e ele ficou me olhando em silêncio. - Nós não somos um casal.

- Nós não somos namorados, mas dividimos a nossa rotina, o nosso dia a dia, a sua cama, acho que isso se enquadra como casal. - Lucas disse.