Décimo dia

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Nem comi ontem, depois de todo estresse fui me deitar e dormir. Pra variar acordei com batidas na porta, virei pro canto e fingi que não era comigo.

Me despertei num susto com alguém me olhando da minha cama, sentei rapidamente ofegante sem distinguir direito por conta da escuridão do quarto.

- Calma, sou eu. - Lucas diz.

- Garoto não faz mais isso. - Digo com a mão no coração. - Parece uma assombração.

- Desculpa, eu bati e você não atendeu.

- Deve ser por que eu não quis atender. - O encarei brava.

- Eu imaginei. - Ele riu debochado. - Por isso que entrei.

- Sem noção. O que você quer?

- Carol disse que agora que estamos juntos eu preciso cuidar de você...

- De onde a Carol tirou que eu preciso de cuidado?

- Ela disse que você não se alimenta direito e que se deixar você dorme o dia inteiro. - Ele responde tranquilo.

- Meu sono me alimenta. - Deitei novamente.

- Não sob os meus cuidados. - Ele puxa minhas cobertas.

- Eu vou te matar. - Sento novamente na cama. - Devolve meu cobertor.

- Se você levantar da cama eu devolvo.

- Eu durmo sem coberta, não tem problema. - Deitei novamente.

- Ótimo então eu vou deitar junto. - Disse sentando ao meu lado.

- Ridículo. - Sento na cama. - O que você quer fazer?

- Sair pra comer.

- Não tem comida da Carolina aí? - O questionei.

- Você não sabe ser romântica não? - Ele questiona e eu o encaro. - Não né.

- Óbvio que não. E não me leva a mal mas nós não temos nada pra sermos românticos um com o outro. - Gargalhei.

- Você é muito desagradável Isadora.

- Obrigada. Onde você pretende ir.

- Isso é um sim? - Ele diz e eu concordo com a cabeça. - Sei lá, não conheço nada aqui.

- Quer dizer que você me convidou pra sair e não escolheu nem o lugar?

- Eu não sou daqui.

- Ok. - Revirei os olhos e levantei da cama. - Vou me arrumar e daqui a meia hora saímos. Meia hora.

- Tá bom. - Ele diz e tenta me beijar, mas eu desvio. - Chata.

Ele sai e eu vou tomar banho, não sei exatamente o que esperar do restante desse mês com o Lucas, mas se ele tá achando que vai virar meu dono tá muito enganado.

A meia hora que eu tinha dado a ele já tinha passado a muito tempo e eu estava afundada no sofá o esperando, Christian não estava em casa e a Carol devia estar no trabalho há um bom tempo.

- Vamos? - Ele diz chegando na sala.

- A noiva está pronta. - Disse irônica.

- É que eu estava procurando o véu. - Ele disse.

- Idiota. Vamos?

- Vamos, você podia deixar eu dirigir hoje, né. - Disse me seguindo até a porta.

- Qual a chance de eu deixar alguém que não sabe ir a um restaurante dirigir meu carro.

- Ah Isa.

Opostos - T3ddyOnde histórias criam vida. Descubra agora