Natalie...
A vida é mesmo cheia de surpresas, algumas delas, boas para algumas pessoas e pra outras, nem tanto. Eu sabia que a encontraria, eu sabia que eu teria uma explicação, ao menos eu acho que terei né? Depois de 2 meses, eu reencontro a Priscila, depois de ter me questionado o que eu havia feito pra ela, se eu falei algo que ela não gostou, se ela não queria mais ser minha amiga, e ainda tive que inventar tantas desculpas para minha mãe, quando ela falava que queria fazer um almoço para agradecer a Priscila, por tudo que ela fez. Apesar dela ter sumido, ela deixou tudo autorizado, minha mãe não pagou um centavo e está ótima, agora. Na verdade, estamos. Eu não quero brigar com ela. Só quero uma explicação. Mas parece que ela não quer nem continuar na minha frente.
Priscila....
A vida é mesmo irônica de mais. Eu me afasto da minha casa, da Natalie, disposta a esquecê-la, e quando eu acho que a esqueci, eu a reencontro, e onde? Trabalhando no hotel da minha família. Eu sinceramente, queria sair dali correndo, não responder nenhuma de suas perguntas, mas por outro lado, eu não consigo sair do lugar e nem fingir que ela não está ali, na minha frente, mais linda e meiga, como sempre, delicada com as palavras, apesar de estar com raiva, ela não "cospe fogo", ela é mesmo, a garota mais diferente que já conheci. O que a torna ainda mais encantadora. Mas o que eu vou fazer? O quê irei responder? Sinceramente, não faço idéia do que vem a seguir.
Priscila: - natalie... Eu... eu... Eu acabei de chegar, estou cansada, a Maria tá me aguardando ali na cadeira, será que você só pode me dar a chave da cobertura e não me fazer mais perguntas? Depois a gente conversa. Pode ser? Eu não esperava te encontrar. - falei dando um jeito de sair dali sem deixá-la muito mal.
Natalie: - você quer a chave da cobertura? Então... ele não é hospedado por ninguém. Apenas pela dona. Desculpa! E podemos conversar amanhã então? No meu horário de almoço, pode ser? - falou com um jeito doce que não me permitia negar.
Priscila: - tudo bem, Natalie. A gente conversa amanhã. E sobre a cobertura, eu sou a dona. A minha mãe me deixou. Minha mãe herdou este prédio da mãe dela, então, existiu antes do papai. Por isso é Mendes e não pugliese, o que explica você não ter percebido que era da minha família. Agora você me dar a chave, por favor! - falei e me senti um pouco grossa com ela. Talvez por ter lembrado do tal Nando.
Natalie: -nossa! Este mundo é mesmo muito pequeno. - falou me dando a chave. - até amanhã. - falou e eu dei as costas para a recepção. - Priscila!?- ela me chamou e eu olhei para ela. -muito bom te reencontrar! Obrigada! - falou e eu apenas dei as costas e fui para a cobertura.
Natalie....
São exatamente 18:00 horas da tarde, estou saindo do prédio que eu trabalho como recepcionista, o Family Mendes. Mal posso esperar para conversar com a Priscila. Ela me passa uma paz, uma tranquilidade que só encontro na praia. Espero que tudo se resolva amanhã, e ela volte a falar comigo e queira ser minha amiga. Cheguei em casa e fui direto para a cozinha, onde a mamãe sempre está, ainda. Rsrs
Natalie: - oi mamãe. - falei indo até a pia, lavar as mãos. Em seguida, deu um beijo no rosto dela.
Dona Luíza: - oi filha. Você tá bem? - minha mãe perguntou, me dando um beijo na testa.
Natalie: - não muito mamãe. Não consigo esconder nada da senhora, né? -falei e ela balançou a cabeça em negativa, confirmando.
Dona Luíza: - o que houve? Se quiser conversar, estou aqui, sempre! - falou pegando na minha mão e olhando em meus olhos bem fixamente.
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NATIESE- Será amor?
RomanceDuas jovens, ambas com problemas no relacionamento, tem algo em comum: o amor pela brisa do mar. certo dia, elas se encontram e começa uma linda história de amor e muita superação. natalie é filha de família humilde e Priscila, é herdeira de toda h...