capítulo 26- ela pediu demissão

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Priscila...

São 18:00 horas da tarde e eu ainda estou aqui no sofá. A Maria não está mais. Acho que eu adormeci por um tempinho e ela foi fazer alguma coisa. Confesso que eu não quero levantar desse sofá. Estou aqui pensando: será que eu perdi a Natalie para sempre? Eu a amo tanto. O que parte ainda mais o meu coração é imaginar o quanto ela está sofrendo. Eu só quero poder conversar com ela. Eu só queria poder explicar tudo. Mas a dona Luíza e a Maria tem razão. Ela precisa de um tempo para esfriar a cabeça. Só espero que não seja muito tempo.

Natalie....

Faz horas que estou dentro do meu quarto. A mamãe já insistiu em falar comigo, já me chamou pra comer, mas eu não quero falar com a mamãe, porque eu sei que ela vai pedir para eu ouvir a Priscila. Nem quero comer, porque eu sei que comida nenhuma irá descer. Eu não sei exatamente o que estou sentindo, mas sei que é doloroso e eu só queria sumir neste momento, não queria ver e nem ouvir ninguém. Mas isso é pedir de mais, né? Estou ouvindo meu pai. Acho que ele acabou de chegar, quando eu cheguei ele não estava. Ele vai dizer que me avisou, eu sei. E talvez, ele tivesse razão. Talvez, eu e a Priscila não daríamos certo mesmo.

Na sala, o pai da Natalie entra e encontra a dona Luíza, que abriu a porta.

Seu carlos: - amor? Você não vai acreditar: acabei de fazer um negócio maravilhoso. Troquei meu caminhão, num carrinho bom e ainda consegui que a pessoa me desse uma quantia boa que eu pedi. Meu caminho é bem conservado. - fala empolgado. - aconteceu alguma coisa? Você tá com cara de tristeza. Não ficou feliz em saber? - fala tocando em seus dois ombros.

Dona Luíza: - Claro que estou feliz amor. É que... É... a nossa... - fala triste, cabisbaixa.

Seu carlos: - a nossa filha? O que houve com a Natalie? Ela não tinha ído no hospital ver a amiga? Onde ela está? - fala demonstrando preocupação e desespero.

Dona Luíza: - ela tá no quarto, mas não quer falar com ninguém. Eu acho melhor ela mesma falar o que aconteceu. Ela também não quis me falar nada. Desde que chegou, não saiu do quarto, nem comeu nada. - fala o olhando.

Seu carlos: - eu vou falar com a nossa filha. - fala e vai até o quarto da  Natalie e bate na porta.

Natalie: - eu quero ficar sozinha, papai. - fala com voz de choro.

Seu Carlos: - filha? Lembra que você sempre me contava tudo que te afligia? Então, conversa comigo. Eu sou seu pai e estou aqui agora. - fala emocionado e ela abre a porta.

Ele entra e a abraça forte. Em seguida ela senta na cama e seu pai senta ao seu lado.

Seu carlos: - então filha... O que houve? - fala tocando seu rosto.

Natalie: - A Priscila me traiu, papai. O senhor tava certo. Não daríamos certo. Mas tá doendo. Tá doendo muito. Eu não sei o que eu vou fazer agora. - fala triste.

Seu Carlos: - mas como assim, te traiu? O que ela falou?

Natalie: - nada. Eu não a deixei falar nada. Saí correndo de lá e vim embora. Não tinha o que ouvir papai, ela tava beijando outra. - fala com os olhos cheios de lágrimas.

Seu carlos: - Eu não consigo acreditar. Eu vejo a forma que ela te olha, que ela cuida de você e se preocupa, filha. Eu acho que você deveria ouví-la. Todos nós merecemos ser ouvidos. E se você se arrepender depois? - fala a encarando.

Natalie: - não sei papai. Não quero me magoar mais. E se ela falar que ainda gosta da ex e que... enfim... Eu acho melhor não ouvir a Priscila. E eu acho melhor, me demitir do prédio da família dela. Assim ela não vai me encontrar lá. - fala triste.

NATIESE- Será amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora