NATIESE- Será amor?

capítulo 23- Eu voltei.

Natalie....

Você acredita que as pessoas podem mudar uma opinião literalmente, da noite, pro dia? Se sim, você deve mesmo Assim, questioná-las, o que as fizeram mudar, não é mesmo? Se não, o que fazemos quando alguém se mostra ter mudado, aceitado algo que não aceitava? Será que o melhor é acreditar que opiniões podem mudar, pessoas podem mudar... será que o melhor seria acreditar, confiar na pessoa? Estava saindo com a Priscila para caminhar e quando abrimos a porta; nos deparamos com o meu pai. Sim. Meu pai. Confesso que fiquei surpresa, assustada, preocupada, enfim... Quero muito saber o que ele veio fazer aqui.

Priscila....

A vida é cheia de surpresas, acredite. Porém, se você enxergar direito, a surpresa não está na primeira impressão. Ela pode vir depois, e ser muito maior. Estamos cara a cara com o pai da Natalie e sinceramente, a minha vontade é mandar ele sumir daqui. Mas eu sei que a Natalie tá sofrendo, que o que ela mais quer neste momento, é que seu pai nos aceite e que possamos viver sem brigas. Neste caso, é melhor saber o que ele deseja.

Priscila: - se você.... - fui interrompida.

Natalie: - calma, Priscila! Deixa ele falar. - fala pegando na minha mão.

Seu carlos: - Natalie, minha filha. Eu sei que desde que descobri a verdade, não tenho sido seu pai, tenho me mostrado uma pessoa egoísta e má. Eu  errei quando não deixei você voltar pra casa, eu... Eu... eu só pensei no que falariam se soubessem que a minha filha, namora com outra mulher, que a minha filha, é lésbica. Mas ontem, depois que você saiu, fiquei martelando o fato de você falar que sente pena de mim, fiquei pensando o quanto eu gostaria de ter a minha filha em casa, fiquei pensando no quanto a sua mãe está sofrendo e no quanto eu só quero a sua felicidade. A sua mãe conversou comigo e eu percebi que apesar de tudo isso ser novo para mim, de eu nunca ter pensado nisso. Eu posso ao menos, por enquanto, respeitar a minha filha e a sua felicidade. Se você diz que ela te faz feliz, eu estou disposto a respeitá-las. Eu só quero filha, só quero que vocês possam me perdoar por todas as coisas que eu falei e que você volte para casa. Não é só a sua mãe que sente a sua falta, eu também. - fala nos olhando, com lágrimas nos olhos.

Priscila: - e o senhor resolveu nos aceitar assim, da noite, pro dia? - falo sarcástica.

Natalie: - Priscila, por favor! - fala me repreendendo.

Seu carlos: - veja bem, Priscila. Eu não falei que aceito ou que irei aceitar, enfim... só falei que eu preciso ao menos respeitá-las. Eu amo a minha filha. - fala olhando para a Nathi.

Natalie: - papai... Como é bom, ouvir isso do senhor. O senhor não imagina o quanto eu estava sofrendo com tudo isso. - fala dando-lhe um abraço. - O senhor vai ver que gostará da Priscila, que ela é maravilhosa e que podemos ser todos, uma família. - fala com um enorme sorriso.

Seu carlos: - então minha filha, te espero em casa. Você irá voltar, né? Faremos uma surpresa para a sua mãe, o que você acha?

Natalie: - claro pai. Acho ótimo. Devo chegar à tarde. Obrigada, Obrigada, pai! - fala muito feliz.

Seu carlos: - tchau Natalie, tchau filha! - fala deixando a casa.

Nathi/pri:- tchau!

Depois que o pai da Natalie foi embora, eu não quis mais ir caminhar. A Natalie iria embora e agora, uma parte de mim, estava triste. Além do mais, a caminhada era para deixar ela mais animada, e ela tá animada até de mais agora.

Natalie: - por que não vamos mais, Priscila? - a Natalie me questiona.

Priscila: - essa caminhada era para te alegrar, então acredito não ser mais preciso. - falo desanimada. - além do mais, você precisa se organizar, para ir embora, né? - falo um pouco triste.

Natalie: - não fica assim amor. Tenta entender, por favor. Você é minha namorada, eles são meus pais e tudo que eu mais queria era poder estar com eles e estar com você. - fala tocando em meu rosto.

Priscila: - tudo bem. Vamos organizar as coisas, eu te levo. - falo a entendendo.

Em seguida nós subimos para o meu quarto, tomamos banho, vestimos uma roupa, ficamos namorando um pouco e fomos para a casa da Natalie. Eu queria muito que ela ficasse, mas se isso a deixará mais feliz. Estou feliz também. Eu a amo e só quero o melhor para ela. Apesar de não acreditar nessa mudança rápida. Mas vamos ver no que dar né? Como diz o dito popular: tudo é verdade, até que se prove o contrário. As ruas estavam bem movimentadas, chegamos depois de uma 35 minutos. Batemos na porta, pois a Natalie não tinha levado a chave dela. E logo a dona Luíza abriu.

Dona Luíza: - filha? Priscila? O quê... o que... o que vocês estão fazendo aqui? Filha, seu pai... - neste momento, o mesmo a interrompi.

Seu Carlos: - meu amor, elas são as visitas que te falei que viriam almoçar. - ele fala se aproximando e abraçando a Nathi.

Dona Luíza: - então... Então vocês conversaram? Se acertaram? Você voltou minha filha? Eu pedi tanto a Deus para isso acontecer. - fala emocionada.

Natalie: - Eu também pedi mamãe. Eu voltei. O papai foi até a casa da Priscila e nós conversamos. Seremos como sempre fomos. Eu estou muito feliz. Obrigada, papai! - fala abraçando seus pais.

Priscila: - muito Obrigada, seu Carlos, por tentar ao menos respeitar o nosso amor! - falo sendo educada.

Seu Carlos: - eu é que agradeço, por ter a minha filha de volta e ver a felicidade dela. A Propósito, me chame apenas de Carlos. Você é minha nora, parte da família e não precisa dessa formalidade toda. Pode ser? - fala me olhando sorrindo.

Priscila: - claro s... Carlos.

Dona Luíza: - então vamos almoçar? - fala nos chamando com as mãos.

Seu Carlos: - tá faltando só o último convidado, ele foi tomar banho, já tá vindo, mas podemos sentar-nos. - ele fala e ficamos nos olhando curiosas.

Em alguns minutos, estávamos sentados à mesa, para almoçar. Tava tudo bom de mais para ser verdade. O pai da Natalie sorria, contava histórias do passado... Até que....

Nando: - Boa noite, gente! Oi Natalie!  Quanto tempo. Como você está? - fala e ficamos surpresas.

Priscila: - Oi. Você aqui? - falo demonstrando não gostar.

Natalie: - Oi Nando. Eu estou muito bem, Obrigada! Mas... o que você faz aqui e ainda por cima, tomando BANHO aqui? - fala chateada.

Seu Carlos: desculpa, meninas. Eu esqueci de comentar isso com vocês. Eu espero que a Priscila não se importe, mas o Nando é meu amigo, sempre nos demos muito bem e ele tá me ajudando com uma reforma que estou fazendo em alguns cômodos aqui da casa. - fala nos olhando.

Nando: - por isso fui tomar um banho, Estava suado. O seu pai me contou que vocês estão juntas e eu quero que saiba que, só quero a sua felicidade, mesmo que não seja ao meu lado. E quero muito continuar sendo seu amigo. - fala a encarando.

Natalie: - Sei... Então vamos almoçar né? Já já a comida esfria.

Depois disso, eu me esforcei ao máximo para não falar nada. Mas não gostei nenhum pouco de saber que a minha namorada estará perto de seu ex, todos os dias, por que agora, do nada, o pai da Nathi inventa uma reforma e chama justo o Nando, para ajudá-lo.

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É isso gente. Espero que gostem. Vocês acreditam que as pessoas podem mudar, assim como o seu Carlos mudou? Comentem aí.