capítulo 14- será que vale apena?

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Natalie...

É impressionante como você pode fazer a mesma coisa, mil vezes, e cada vez, será especial de maneiras distintas. Eu já tive relação sexual, é claro. Mas hoje, hoje foi incrível. Algo que eu jamais pensaria. Passei a tarde com a Priscila e aconteceu. Ela me levou para o seu apartamento e aconteceu. Foi a minha primeira vez com uma mulher, a minha primeira vez com a Priscila e simplesmente, parecia a minha primeira vez; na vida. Foi algo delicado, calmo, sem pressa. Com muito carinho. A gente se completa. Espero que dure. Sou um pouco complicada, apesar do meu jeito. Sou muito ciumenta. Mas vamos viver uma coisa de cada vez.

Priscila...

O que é o amor? Uns três meses e meio, é pouco para amar uma pessoa? Será que o amor está presente quando  você tem certeza que daria a sua vida, pela vida de alguém, ou quando a gente quer cuidar, proteger, não quer que ninguém a olhe feio por que isso te incomoda e você sente raiva. Será que podemos dizer; eu te amo, quando a gente não imagina a nossa vida sem aquela pessoa, ou quando a gente pensa: como sou feliz por tê-la conhecido.

O que vocês acham?

Eu acho que sim. O amor é simples e raro. O amor está em tudo que é simples, pois é ainda mais especial. Hoje eu diria que não fiz o que já sou acostumada a fazer. Eu e a Natalie tivemos a nossa primeira vez e eu posso dizer que fizemos amor. É. amor. Logo depois, a gente ficou deitadas, admirando uma, a outra, só aproveitando o momento e relaxando do nosso amor. Fui deixá-la em casa, pois já eram quase 17:00 horas da tarde e a Natalie queria falar para a mãe, ainda hoje.

No carro...

Natalie: - obrigada, pelo dia! Obrigada, por todo carinho e quero que saiba que estou muito feliz. - falou me olhando.

Priscila: - eu quem te agradeço. Você é a minha melhor companhia. Obrigada, por ser minha namorada. Espero que a sua mãe aceite. - falei, um pouco preocupada, pois queria saber se a mãe dela aceitaria a gente.

Natalie: - eu acho que sim. Não se preocupa! A mamãe é tranquila. O Papai, talvez não aceitasse. Mas ele não tá aqui e já sou bem grandinha. - falou com um belo sorriso me olhando.

Priscila: - tchau meu am... - interrompi.

Natalie: - você ia me chamar de amor? - perguntou com um largo sorriso.

Priscila: - sim. Mas, acho que é cedo, né? - falei, esperando que ela confirmasse.

Natalie: - claro que não, meu amor. Eu te amo, Priscila! Não dar pra enganar mais ninguém, nem mesmo a gente. Nos amamos. Agora deixa eu ir tá? Dirige com cuidado. - falou e em seguida me beijou.

Priscila: - eu também te amo, Natalie! Olha, assim que terminar de falar com a sua mãe, me fala, tá? E lembre-se que hoje tem uma festinha na casa da Jéssica. É o aniversário dela. Te pego às vinte horas da noite. - falei e ela saiu do carro.

A Natalie entra em casa e sua mãe tá na sala, assistindo tv.

Natalie: - mamãe? - falou, dando um beijo em sua bochecha.

Dona Luíza: - oi filha? Como foi? Passeou muito? - falou e a retribuiu o beijo.

Natalie: - então mamãe... foi maravilhoso. A gente foi à praia e depois, no apartamento da Priscila, no prédio que eu trabalho. Eu preciso muito te contar uma coisa. Eu espero que a senhora me compreenda e aceite, pois é muito importante para mim, ter a sua compreensão. - falou, quanto a dona Luíza a olhava nos olhos fixamente.

Dona Luíza: - pode falar minha filha. Eu sou sua mãe. - falou curiosa e preocupada.

Natalie: - então... Eu sempre namorei homens, né? Mas... Eu conheci a Priscila, ela foi entrando em minha vida e quando eu percebi, eu estava apaixonada por ela, e eu quero viver isso, sabe mamãe? A Priscila me pediu em namoro e eu aceitei. Então... o que a senhora acha, pensa sobre o que te falei? - falou preocupada com a resposta.

NATIESE- Será amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora