Capítulo 33- você é o meu irmão!

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Natalie....

Após chamar o Uber, e ir atrás da pri, com a Maria, Chegamos onde eu tinha 99,99% que ela estaria; na praia. Mas precisamente, onde nos conhecemos. Alguns minutos depois, chegamos e eu e a Maria descemos até à beira da praia, para ver se a encontrávamos. E quando nos aproximamos, vimos um homem carregando uma pessoa. Quando chegamos mais perto, pude perceber que era o Nando, com a pri. Estava tão desesperada que quase ofendi o meu amigo. Mas ele me explicou o que tinha acontecido e logo fomos para a casa da pri. Quando estávamos saindo, o Nando viu uma foto na estante e falou que também tinha a mesma foto. Confesso que ainda não entendi nada.

Priscila...

Sinceramente, não sei o que houve comigo, para ir à praia durante à noite, sem avisar a ninguém, nem ao menos a minha noiva. Eu fiquei pensando tanto nos meus pais e no meu irmão que acabei não percebendo o que eu estava fazendo. Só me lembro de estar indo entrar no mar, quando ouço uma pessoa me chamar. De todas as pessoas que poderia ser, foi a pessoa menos provável, o ex da minha noiva, o Nando. O homem que me causa insegurança e que não gosto da idéia dele ser amigo, da minha noiva. Mas ele foi gentil, me ajudou, falou coisas que não pensei que ele falaria e... Eu senti algo estranho, quando ele se aproximou e começou a falar comigo. Não sei bem o que eu senti, mas posso dizer com certeza, que ele me acalmou e me passou uma paz. Depois ele nos levou para casa e quando estavam indo embora, ele viu a foto da minha família e falou que tinha uma igual. Não pode ser. Por que será que ele tem a mesma foto?

Pri: - o que disse? Você o quê? - fala ofegante, sentindo o coração disparar.

Nando: - Eu... Eu... eu tenho essa mesma foto, Priscila. Porque você tem a mesma foto que Eu? Como assim, é a foto da sua família? - fala com os olhos marejados.

Pri: - Nessa foto, estão meus pais, e meu irmão. Perdi eles quando eu tinha 4 anos. Há 20 anos atrás, Num acidente de carro. - fala com os olhos cheios de lágrimas.

Nando: - espera! Não... Não pode ser. - fala deixando lágrimas escorrerem em seu rosto.

Nathi: - não pode ser o quê, Nando? O que está acontecendo? - fala ansiosa.

Nando: - Eu... Eu... há 20 anos atrás, meus pais, Elisa e Jonas, moravam numa casinha pequena, numa estrada. Eles vinham num carrinho, saindo da cidade de bom Jesus do Norte, no Espírito santo, quando vêem um carro ir para um lado e pro outro, capotar e cair no barranco. Eles decidiram ir até lá, para ver se alguém estava precisando de ajuda e me encontraram preso no cinto, no banco de trás, ferido e desacordado. As portas da frente estavam abertas e eles conseguiram me tirar de lá. Me levaram para sua casa e cuidaram de mim. Quando eu acordei, eu não parava de chamar pela minha mãe e pelo meu pai. Eles me falaram que tinha acontecido um acidente e que a gente tinha se separado, mas eles iriam procurar meus pais. Mais tarde, foram comigo até a cidade e me levaram numa lanchonete. Lá eles assistiram a notícia do acidente e falavam que meus pais haviam morrido no local e só tinha ficado a minha irmã, de 4 anos. - continua falando, sem conter as lágrimas. - então... voltaram comigo para casa e...  falaram que se eles me entregassem, me levariam para um orfanato. Então... eu falei que não queria ir para um orfanato. Eu lembrei da minha irmã e perguntei o que iria acontecer com ela, eles falaram que iriam levá-la para um orfanato, pois não conseguiram entrar em contato com nenhum outro parente. Naquele dia, a minha mãe pegou uma pasta, e uma carteira, ela queria ver se tinha um cartão para ligar. Ela deixou os documentos e o dinheiro no carro.  Mais tarde, ela viu que tinha uma foto na carteira, era essa foto. A foto que seria dos meus pais e da minha irmã. O tempo passou e meus pais fizeram outros documentos para mim. Nunca me deram minha certidão de nascimento que estava naquela pasta e agora eu entendi o porque. O porque a esconderam de mim e nunca deixaram eu vê como era o meu nome.

NATIESE- Será amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora