capítulo 11- eu também

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Priscila...

Sentimentos é sempre assustador. Se apaixonar é a metáfora da vida, no geral. É uma maneira exagerada de querer alguém ao seu lado, de demonstrar que gosta e a forma exagerada que te deixa Seguro e inseguro ao mesmo tempo, te fizesse confiar em si e ao mesmo tempo, duvidar. Eu me apaixonei por uma pessoa, mesmo nos vendo raramente, mesmo não nos conhecendo muito bem... me apaixonei pelo seu jeito, pela sua doçura, alegria, me apaixonei por ela ser diferente, por ela ser uma, em um milhão. Sei que ela é quem vai se afastar de mim, agora. Mas quer saber? Eu falei a verdade. Agora, ao menos ela tem as respostas que queria e um pouco mais. Ela ficou em silêncio e eu não faço idéia sobre o que ela irá falar. Mas até que ela me mande ir embora daqui e da sua vida, eu vou esperar.

Natalie...

Nunca fui de demonstrar meus sentimentos, eu sempre acho que quando demonstramos de mais, as pessoas se aproveitam disso e te faz sofrer. Então eu tento não demonstrar muito. Agora, me deparo com a declaração da Priscila e não tenho a mínima idéia do que posso responder. Eu até sei, porém, tenho receio. Receio disso acabar logo, se não ser como gostaríamos, enfim... Eu me sinto bem ao seu lado. Mas eu nunca namorei uma garota. O que me afastava um pouco da Priscila. Não queria confessar que essa era a minha realidade atual.

Quase 10 segundos nos encarando...

Priscila: - Natalie? Escuta? Eu só decidi te dar as respostas que você queria. Mas olha, tá tudo bem. Eu vou sair da sua vida, eu não vou mais te procurar. Só quero que saiba que o que eu estou sentindo por você, jamais senti por ninguém. Já me apaixonei, mas agora é tudo diferente.  - falei e fui levantando para ir embora.

Natalie: - Priscila!!? Espera! Você vai embora? - falou com uma expressão misteriosa.

Priscila: - esperar pra ouvir você me mandar sumir da sua vida? Não Natalie. Eu sei o caminho da porta. - falei esperando que ela tenha entendido e dando alguns passos para ir embora dali.

Natalie: - EU TAMBÉM!! - falou, num tom mais alto, me fazendo voltar a encará-la e me aproximar.

Priscila: - o que você disse? - perguntei para confirmar o que tinha ouvido e me surpreendi.

Natalie: - eu também Priscila. Também me apaixonei por você. Eu não entendia direito o que tava acontecendo, pois nunca me apaixonei por uma garota, estava confusa, digerindo as informações... Mas... meu coração acelera ao ouvir sua voz, só falta sair do peito, ao te ver, eu fico ansiosa para te encontrar, nervosa quando converso com você, eu não parei de pensar em você, num só dia desses 2 meses, Priscila. Isso quer dizer alguma coisa, pra você?

Priscila: - sim, claro. Mas... e o Nando? Vocês não estão juntos? - falei com um  ar de desânimo ao pensar nisso.

Natalie: - a gente não voltou. Desde que nos separamos, só mantemos uma amizade saudável. Só isso. Eu estou confusa Priscila. Só me dá um tempo para organizar tudo na minha cabeça, no meu coração e na minha vida, tá? Vamos nos conhecer melhor, aí a gente ver no que dar. Tudo bem, pra você?  Eu não quero que saia da minha vida. Eu não quero que ache que tá interferindo na minha felicidade, enquanto eu penso que VOCÊ, pode ser a minha felicidade. - falou olhando fixamente em meus olhos.

Priscila: - tá bom Natalie. Eu concordo com você. Vamos nos conhecer melhor. Eu espero o tempo que você precisar. - falei com um sorriso de orelha a orelha. - agora pede algo para  você almoçar que só te resta 30 minutos para almoçar. - falei já chamando um dos garçons com a mão.

Natalie...

Eu nem acredito que falei o que eu sinto pela Priscila, para ela. Mas isso me deixou feliz sabe? Me deixou leve. Eu estou um pouco receosa, mas por isso vamos nos conhecer melhor, e depois, decidimos o que iremos fazer. Depois de passar uma hora e meia conversando com a Priscila, só me restou 30 minutos para almoçar. Mas foi muito bom, o tempo que passei com a Priscila. Ela vai já já embora. E eu irei vê-la daqui a pouco, novamente. Mas com tudo, muito claro.

Priscila...

Nem me caiu a ficha que tudo isso tá acontecendo. Que a Natalie também gosta de mim. Estou muito feliz. A gente combinou de conhecer-nos melhor. E eu quero fazer tudo direito agora. Almocei com ela e ela voltou ao trabalho e eu fui para o apartamento. Ao chegar, chamei a Maria até a sala, pois eu queria muito compartilhar essa felicidade com ela.

Priacila: - Maria, Maria?? - a chamei ligando o som, conectando o meu pendrive.

Dona Maria: - o que houve?- ela me perguntou ao me ouvir empolgada.

Priacila: - eu falei a verdade Maria, e ela também falou a verdade. Nos apaixonamos Maria. Ela também está apaixonada por mim. Eu nem acredito Maria. Dança comigo? - falei a pegando pela mão, para dançarinos a música que começava.

Música que passava ...

Após dançarmos e passarmos um bom tempo ali, conversando e dando risadas, descemos para deixar a chave e ir embora. E mais uma vez, eu encontro a Natalie, mas agora, bem diferente da primeira vez que a reencontrei.

Priscila: - aqui está a chave. Obrigada! -falei sem tirar meus olhos do seu olhar.

Natalie: - a gente se fala? - ela perguntou e eu fiquei muito feliz.

Priscila: - claro. Mais tarde eu te ligo. Pode ser? - perguntei com cara de boba.

Natalie: - claro. Irei esperar ansiosamente. Tchau! -falou e eu retribui.

Priscila: - Tchau! Até mais tarde! - falei e fui em direção ao estacionamento, onde estava o carro.

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NATIESE- Será amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora