NATIESE- Será amor?

capítulo 18- você é o quê dela?

Natalie....

Após tomar café com os meus pais, fui até a Praia. Eu precisava pensar com calma no que eu teria que fazer, para ter a Priscila de volta, eu precisava de um pouco de paz, eu precisava ficar um pouco longe do meu pai, pois ele me lembrava que eu precisava tomar uma difícil decisão, que eu tinha um problemão para resolver. Cheguei aqui na praia e lembrei do primeiro dia que nos conhecemos. O quanto a achei incrível e ainda acho, é claro. Apesar de termos nos conhecido aqui, eu não esperava encontrá-la neste mesmo lugar. Mas sim, ela apareceu aqui e eu ouvi uma voz rouca chamar o meu nome. Uma voz inconfundível para a minha audição. Sim, ela tava ali. Na minha frente, me olhando fixamente.

Priscila...

Eu nunca acordava cedo. Mas depois que conheci a Natalie, isso passou a acontecer, acordo cedo para ligar antes de ela ir trabalhar, acordo cedo para levá-la ao trabalho e hoje acordei    cedo, apenas para ir pensar na burrada que eu havia feito. Decidi ir pro lugar de sempre, eu precisava de uma paz que me ajudasse a pensar melhor no que eu poderia fazer para consertar o meu erro com a mulher que eu amo. Mas quando eu cheguei na praia, Eu não acreditei. Lá estava Ela, como no primeiro dia que a conheci. Fiquei um tempinho parada a observando, mas eu precisava tomar coragem falar tudo que eu gostaria. Tudo que eu estava sentindo.
Então eu a chamei, conversamos, nos beijamos, nos entendemos e eu chamei-a para passar um tempinho comigo. Já estava com saudades.

Priscila: - amor? Você me desculpa mesmo? - perguntei olhando em seus olhos com voz de dengo.

Natalie: - claro amor. Eu vim até aqui para pensar em algo que eu pudesse fazer para não ficarmos separadas. - falou com uma mão no meu rosto.

Priscila: - então... fica um pouco comigo? Vamos lá pra casa. Aceita vai. - falei dando-lhes alguns selinhos

Natalie: - tá bom. Eu vou. - falou com um lindo sorriso.

Fomos em direção ao meu carro, entramos e eu dirigi até a minha casa. Quando chegamos, encontramos a Maria na sala.

Dona Maria: - bom dia, meninas! - cumprimentou-nos.

Pri/naty: - bom dia, Maria! - falamos igual a um coral.

Dona maria: - estão com fome? - Maria perguntou, pois eu não havia tomado café.

Priscila: - ah, eu acho que eu estou sim. - falei indo até à mesa do café da manhã.

Dona Maria: - você não tomou café, deve tá com fome, mesmo.

Natalie: - por que você não tomou café, Priscila? - perguntou me encarando com olhar bravo.

Priscila: - eu só queria resolver a nossa vida, não queria pensar em comer. - falei rápido.

Dona Maria: - mas resolver o quê?  Aconteceu alguma coisa? - perguntou preocupada.

Natalie: - você não pode sair sem comer Priscila. Maria, a Priscila terminou comigo ontem. - falou fazendo uma expressão de poucos amigos em sua face.

Dona maria: - mas por quê? Graças a Deus que estão bem agora. - falou aliviada.

Priscila: - é uma longa história Maria.  Depois eu te conto tudo. - vamos assistir um filme, Natalie? - falei e a puxei para assistir em meu quarto.

Natalie: - vamos. - falou me acompanhando. - eu tenho uma sugestão. Podemos assistir o fime: você nem imagina. Tem na Netflix, ele é muito bom. É a história de uma garota que se apaixona pela mesma menina que seu amigo. Vamos assistir ele? - falou empolgada.

Priscila: - claro. Vamos sim. - falei pegando o controle em cima do criado mudo.

Ficamos ali assistindo o filme, que eu gostei muito, por sinal, conversamos bastante, ficamos deitadas juntinhas, Depois almoçamos e fui deixá-la em casa. Ela pediu para eu entrar. Eu não sei falar não para a Natalie. Mas não sei se irei gostar de ouvir o pai dela perguntar pelo ex da Natalie novamente. Mas entrei e encontramos  apenas a dona Luíza no sofá da sala, assistindo TV.

Natalie: - Boa tarde, mamãe! Desculpa não ter avisado que não almoçaria em casa. Nem vi a hora passar. Onde está o papai? - falou preocupada.

Priscila: - Boa tarde, dona Luíza! Como a senhora está? Me desculpe pelo jeito que saí daqui ontem. - falei preocupada com sua resposta.

Dona Luíza: - Boa tarde, meninas! Eu já sabia que você iria demorar, filha. O que aconteceu? Vocês brigaram? O seu pai saiu com um conhecido. - falou com uma cara estranha.

Priscila: - eu tinha terminado com Ela, eu fui egoísta, eu sei. Mas já nos resolvemos. A última coisa que eu quero é fazer a Natalie sofre, dona Luíza. Disso a senhora pode ter certeza.

Dona Luíza: - espero que sim. A minha filha merece ser feliz. Eu sei que talvez o pai dela não aceite como eu aceitei, mas ela terá que contar para ele. Só tenha um pouco de paciência, minha filha, tá? - falou pegando em minha mão.

Natalie: - com quem o papai saiu, mamãe? - perguntou curiosa.

Dona Luíza: - ele saiu... sai.. saiu com... com o... - ela não conseguia terminar a  frase até que...

Seu carlos: - filha? Eu e o Nando acabamos de assistir um jogo daqueles que a gente costumava assistir juntos, você lembra? - seu pai entra e parece não me ver.

Nando: - oi Natalie. Você tá linda, como sempre! Com todo respeito, é claro. E... oi Priscila. - falou beijando a mão da minha namorada e depois me notou.

Seu Carlos: - nossa! Nem tinha notado que você tava aqui. Tudo bem? - falou e eu os cumprimentei.

Priscila: - Oi Nando. Oi seu Carlos. Tudo bem, com vocês? - perguntei sem querer.

Seu Carlos: - então... Eu tava pensando amor, em irmos acampar, como costumávamos fazer. O que você acha? - ele fala e a Natalie me encara.

Dona Luíza: - mas o Nando deve ter seus compromissos amor. - minha mãe fala pensando nele desistir.

Nando: - não tenho não dona Luíza. E só o fato de ficar perto da sua filha, me faria desmarcar qualquer compromisso. - ele fala e eu fico brava.

Natalie: - tudo bem gente. Falamos disso depois. - ela fala me puxando até seu quarto.

Priscila: - então é isso... vocês vão acampar juntos? Isso é de mais pra mim, Natalie. E se esse cara te beijar, sei lá... eu não confio nele. Já tô até vendo, vocês dois dormindo juntos, na mesma barraca. - falo irritada.

Natalie: - eu sei amor. Eu entendo você . Eu vou dar um jeito para não ir, tá? Me Desculpa! Isso vai acabar logo. Logo logo eu conto pro papai que você  é minha namorada e tudo se resolve. - fala pegando em meu rosto com as duas mãos.

Nesse momento, escutamos alguma coisa e quando nos aproximamos da porta....

Seu carlos: - como é que é? Ela é o quê sua? Você pode me explicar isso direito Natalie? - ele fala nos encarando com cara de raiva.

Eu e a Natalie nos encaramos e ficamos alguns segundos caladas, sem saber o que responder. Não queríamos que ele descobrisse assim. Mas acho que não podemos mais mentir. Ele precisa saber, tem que ser agora.

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