Paradise

Capítulo 95

Notas do Autor
Aviso de gatilho: Canibalismo

Hoseok acordou confuso e com dores. Suas costas e a lateral do seu corpo doíam, mesmo ele estando deitado. Mas, onde estava? Será que tinham tomado a ilha de volta e agora tinha acordado ao lado do seu lindo namorado após uma noite de comemoração? Mas não se recordava de nada disso... Será que bebera demais?

— Yoongi? Amor?

— Amor... Awn, não estamos indo rápido demais, querido?

O Tritão se mexeu com força com a voz que não era do seu namorado, mas não conseguiu se mover sem sentir dor. Quando ele olhou para as suas mãos, percebeu que estavam presas acima da sua cabeça por algo fino e branco, que não soube identificar o que era, mas tinha certeza que era algo humano.

— Não se mexa tanto, esse lacre não vai soltar. — Minho sorria, olhando o Tritão de cima abaixo, deixando-o extremamente desconfortável por estar tão exposto e vulnerável à presença do outro. — Como Joonie conseguiu algo com um ser desses, eu me pergunto...

— Como disse? — Hoseok sentia dor, mas ainda estava forte. Não iria demonstrar o desconforto, pois era o que aquele humano sádico queria.

— Como Namjoon conseguiu que você o comesse.

Hoseok se mexeu com força, querendo atingir aquele homem de alguma maneira, mas não conseguiu.

— Como você é nojento... Não fale de Namjoon!

— Ficou ofendido? Fofo.

A sereia quis gritar de frustração. O que aquele homem queria com ele?

— Filho da puta, o que você quer comigo? — Hoseok gritou. Ele sabia que aquele homem era o que tinha feito acordo com a sua tia, então acreditava que o humano queria fazer o mesmo com o agora Tritão. — Eu não vou fazer acordo nenhum com um sádico igual a você!

Minho riu, levando a mão ao cabelo loiro de Hoseok, deixando os dedos brincarem com alguns fios. Se ele chegasse mais próximo da sua boca, poderia mordê-lo, porém o humano era inteligente e evitou muito bem aquela região do seu corpo. Tarde demais, Hoseok notou que talvez o tal Lee soubesse da sua forma de atacar depois de ter Dawon dez anos nas suas mãos.

— Eu não quero acordo... Eu quero você. Literalmente eu quero um pedaço seu.

Hoseok nada falou, processando o que aquele homem queria dizer. Mas, por fim, resolveu ser sarcástico.

— Eu já não tenho um olho, o que mais você quer tirar?

— Você é engraçado, eu gosto disso — Minho comentou, agora passando um dedo na altura da barriga de Hoseok. A sereia quis chutá-lo, mas não tinha como com os seus pés presos da mesma maneira que as mãos. — É uma pena que não possa ser o outro olho, um braço ou... um pedaço da sua coxa. Você tem uma bela coxa... parece saborosa... — disse, apertando de leve a região.

Hoseok grunhiu com ódio, tentando se mexer e tirar a mão daquele homem de si.

— Não encosta em mim!

— Ah, desculpa! — Minho disse cinicamente, afastando a mão da coxa do outro, com um sorrisinho. — Tudo bem, logo você nem vai perceber onde eu estou encostando...

— O que você quer dizer com isso?!

— Então, eu preciso te dar um sedativo. Se você gritar, vai chamar muita atenção e mesmo o seu povinho lutando para conseguir de volta a ilha, pode ser atraído para cá. Então, tenho que garantir. — Ele piscou um dos olhos. — Eu tinha preparado tudo para a sua bela titia, mas você fez o favor de matá-la. Porém, foi bom... Eu percebi realmente quem era o verdadeiro Tritão do local. Se eu a comesse, não me traria nada, como foi com a querida Dawon. A coxa dela era gostosa, mas não serviu de nada.