Depois que te conheci

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• ARTHUR NARRANDO •

Saio do banheiro e me aproximo da cama em que Larissa estava novamente. Seguro em sua mão delicadamente.

— Meu amor... — suspiro pesadamente. É difícil ver minha mulher nessa situação — Quero que você fique bem logo, mesmo que seje longe de mim. Mas quero te ver bem e feliz. Eu te amo tanto e nunca, nunca vou te esquecer.

Acaricio sua mão, uma lágrima cai dos meus olhos. Estava cada minuto mais difícil de me controlar, eu queria desabar.

— Preciso ir agora, minha loira. — digo triste — Queria poder passar essa noite aqui com você, mas isso, é impossível por enquanto. Quero que saiba que estarei te esperando tá? Eu amo você e nosso filho... Ah nosso filho... Ele é tão lindo, meu amor. Eu o amo também.

Dou um beijo em sua mão e outro em sua testa. Me viro pra sair dali com o coração apertado. Não queria ir embora.

Abro a porta para ir embora, mas vejo os seguranças se aproximando, volto novamente para dentro do quarto.

E agora?

Minha única opção é a janela. Mas porra, esse trem é alto pra caralho!

Me preparo pra descer quando escuto uma voz bem fraca.

Tô ficando louco só pode!!

— A-agua — Larissa diz fraca.

Automaticamente corro até a cama, vendo a Larissa acordada!!!

Isso mesmo.

Minha loira acordou, porra.

— Meu amor, você acordou! — digo feliz me aproximando de sua cama novamente — Meu Deus, não acredito! Minha vida, como você se sente? Ta sentindo alguma coisa? — digo tudo rapidamente fazendo a Larissa me olhar estranho.

— Quem é você? — ela pergunta me olhando.

— Quê? Como assim? Tá de sacanagem, Larissa? Eu sou seu marido, pai dos seu filho. — digo nervoso.

— Eu tenho um filho? — ela pergunta abrindo maior olhão.

Ah que palhaçada, é essa?

Antes que eu responda escuto a porta se abrindo e corro para o banheiro novamente.

— Ela acordou!!! — diz o médico — Como você está se sentindo querida?

— Não sei... O que eu tô fazendo aqui? — ela pergunta ainda confusa.

— Você não se lembra? — o doutor pergunta com tom de preocupação.

— Não. — Larissa responde.

— Certo, vamos fazer alguns exames primeiro ok?

Um silêncio fica no ar, e logo escuto alguns enfermeiros. Vieram buscar a Larissa para fazer alguns exames.

Será que ela não se lembra de nada mesmo?