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• Matheus Narrando •

Estávamos no maior papo, o clima tava bom pra caralho. Nem parecia que algumas horas atrás a louca da mariana havia tentado se matar. Parecia que nada no mundo poderia estragar nosso clima. E a felicidade que eu estava sentindo, era coisa de outro mundo.

Observo a Jéssica pegar meu celular que estava em seu bolso, percebo seu semblante mudar rapidamente. Me aproximei um pouco mais para poder ver o que ela tava vendo e vi uma ligação da Maju.

Em primeiro momento pensei que eu tava louco, maluco. Eu nem tinha usado droga nenhuma, mas já tava tendo alucinações. Fazia tanto tempo que eu não pensava na Maju que agora eu tava tendo alucinações com a guria.

Sem pensar duas vezes peguei o celular da mão da Jéssica e fiquei olhando para a tela do mesmo. Ela só poderia estar louca. Por que caralho, ela tava me ligando?

Pensei em não atender, mas eu sou trouxa e fiquei com medo de não atender a ser alguma coisa "importante". Então levantei e sai pra fora da casa pra atender essa maluca.

Respirei fundo diversas vezes tentando manter a calma e enfim atendi a porra da ligação.

Ligação on:

— Fala — digo de forma grosseira ao atender o telefone.

— Mat... — Maju fungou. Ela estava chorando. Só faltava vir dizer que tava com saudades.

— Que foi, Maria Julia? Aconteceu alguma coisa? — pergunto querendo encerrar essa ligação logo.

— Sim... — respondeu — O Léo... — fez uma pausa. Pronto, só faltava ela vir jogar suas tretas com o macho dela pra cima de mim.

— O que tem ele? — pergunto.

— Ele morreu... — ela diz baixo, quase não deu pra ouvir. Mas infelizmente, eu ouvi. E porra, doeu pra caralho.

Ficamos longos minutos em silêncio, apenas dava pra ouvir os soluços da Maju.

Não conseguia acreditar no que acabei de ouvir.

Como assim o Léo morreu, caralho? O quê tá acontecendo nessa porra?

— Como assim? Tá doida, Maju? — pergunto em choque.

— Bebê... É sério. — ela diz me chamando pelo nosso apelido. Filha da puta.

— Caralho, porra... — digo sem acreditar — Como isso foi acontecer?

— Teve uma invasão por aqui hoje... Os vermes, os desgraçados... Mataram ele... — contou e eu pude sentir raiva em sua voz.

Novamente ficamos em silêncio, eu estava em choque. Não conseguia acreditar em tudo aquilo. Como esse filho da puta deu essa brecha, porra?

Escutei no fundo o choro alto da mãe do meu irmão. Ela gritava e chorava, o choro da Maju aumentou consideravelmente. E porra, eu não sabia o que fazer. Odiava ver ela chorando.

— Eu tô indo aí — foi a única coisa que consegui dizer.

— Obrigada. Eu preciso tanto de você... — suspira — Você continua sendo meu melhor amigo.

Depois que te conheciOnde histórias criam vida. Descubra agora