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JÉSSICA NARRANDO:

Se te faz bem, não importa a idade, não importa o lugar, não importa o momento. Vai e agarra a tua felicidade. E eu estou aqui bem agarradinha com a minha felicidade.

— Mô, vamos fazer um bebê? — Matheus me aperta forte me olhando nos olhos.

— Está animadinho em — digo me levantando pra mudar de assunto.

—  Tu não quer? — vem atrás de mim.

—  Victor é muito pequeno ainda... e ja tempos três filhos. Imagina mais um? Ou poderia vir gêmeos novamente... Eu enlouqueceria com toda certeza.

— Eu vou estar do teu lado pô. Tu não vai estar sozinha não.

Ah se ele soubesse... — penso.

— Vai me levar para conhecer a cachoeira? — mudo de assunto.

— Agora? — Matheus pergunta.

— Sim. — digo animada.

Estamos virados. Sem dormir.

Viemos aqui para esse chalé cujo eu nem sabia que o Matheus tinha, depois do baile, depois do meu pedido de casamento e claro, viemos comemorar. Ficamos a manhã todinha fazendo amor. E agora eu estava inquieta e queria conhecer a cachoeira.

Quero dormir não. Quero aproveitar cada segundo desse lugar maravilhoso.

— Vamos comer primeiro? Tô varado de fome — Matheus passa a mão na barriga.

— Você faz a comida — digo saindo do quarto de lingerie mesmo. Matheus vem atrás e me agarra.

— Vai ficar andando assim mesmo?

— Uai amor, qual o problema? — me faço de desentendida.

— Vou nem comentar.

Matheus está insaciável. Misericórdia. Ele está fazendo jus na promessa de recuperar o tempo perdido.

Descemos as escadas rindo igual dois bobos.

— Eu nem sei o que tem pra fazer aqui pra comer — resmunga abrindo os armários — Eu pago uma senhora pra tomar conta daqui sabe? — assenti — Ai eu pedi pra ela fazer algumas compras. Vamos ficar até amanhã.

— E as crianças? — pergunto me sentando na cadeira que fica rente ao balcão.

Acreditam que eu já estou morrendo de saudades? Aguento ficar longe dos meus pimpolhos não.

— O povo lá vai cuidar. Relaxa vida.

— Coração de mãe... fico com saudades...

— Te entendo. Eu também sinto saudade pô. Mas a gente — apontou pra mim e pra ele — merecemos um lazer nosso.

— Você tem razão. — sorri.

Matheus continua vasculhando o armário e pega algumas coisas colocando em cima do balcão.

— Lasanha semi pronta? Hum que delícia.

Depois que te conheciOnde histórias criam vida. Descubra agora