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• Matheus Narrando •

Achei muito estranho a Jéssica praticamente me arrastar pra fora da casa da Mariana, mas preferi não dizer nada, vai que ela muda de idéia né. Assim que saímos pra fora, a encarei sério.

— Qual foi? — pergunto não me aguentando.

— Nada, por que? — se faz de sonsa.

— Tenho cara de idiota? — pergunto cruzando os braços.

— Sim — ela diz baixo, mas suficiente pra que eu ouvisse. Olhei pra ela incrédulo.

— O quê? — pergunto puxando ela pra perto de mim.

— Nada. Eu não disse nada. — levanta as mãos em forma de rendimento.

Ficamos por longos minutos nos encarando, sem dizer uma só palavra. A Jéssica estava perto demais, eu só queria lhe agarrar ali mesmo.

Sem perceber, já estava me aproximando mais de seu rosto, colei nossos lábios e por mais que eu queria dar a iniciativa, preferi esperar o tempo dela e sentir mesmo que ela também queria o mesmo que eu.

— Vamos na casa do Arthur? — pergunta se afastando.

— Pensei que íamos na minha casa... — acaricio seu rosto fazendo com que ela fechasse seus olhos instantâneamente.

— Íamos... — ela diz indo em direção ao seu carro — Mas, as crianças estão na casa do Arthur, acho melhor irmos pra lá.

— Tá fugindo de mim? — pergunto.

— Claro que não! — diz rapidamente.

— Então vamos no meu barraco mesmo! — digo entrando no meu carro.

Jéssica permaneceu parada na porta do seu carro, enquanto dei partida no meu e parei ao lado do seu carro que estava na minha frente.

— E aí? — lhe encaro.

— Te odeio! — ela diz entrando no meu carro.

— Pensei que você ia com seu carro. — resmunguei.

— Como você é chato. Meu Deus! — suspira — Tô economizando gasolina, beleza?

Ri balançando a cabeça negativamente e sai dali indo em direção ao meu barraco.

— A gasolina tá cara demais... — continua falando.

— Uhum — digo apenas.

— Qual foi? Vai ficar aí com essa cara de bunda? — pergunta impaciente.

— Tô de boa, meu amor. — digo pegando em sua mão e acariciando a mesma.

— Não lembro de ter te dado essa liberdade. — diz puxando sua mão.

— Ok. Foi mal.

Puxo minha mão que acabou que estava em sua coxa, sem que eu me desse conta e estacionei o carro em frente meu barraco.

Depois que te conheciOnde histórias criam vida. Descubra agora