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MATHEUS NARRANDO:

Tô tentando me manter firme aqui, mas as coisas andam completamente fora dos eixos.

Eu nunca acreditei nesse bagulho de pressentimentos, de saber que algo daria errado, pois se fosse mesmo assim, o mundo seria o completo caos com nossas mentes turbulentas.

Chegamos até o tal local em que a Jéssica está, e continuo sentindo uma parada estranha. Estou sentindo um peso enorme no peito, minhas mãos estão trêmulas e um sentimento indescritível, sinto que algo vai dar errado. Só espero que que tudo fique bem, mas nem sempre fica.

— Preparado? — Arthur pergunta parando ao meu lado.

— Sempre estou. — digo olhando ao redor.

A pessoa que está por trás disso tudo pensou realmente em TUDO. Eu jamais procuraria a Jessica aqui. Estamos em cerca de umas três horas até o morro. É uma mata bem afastada. Os matos estão enormes e começou a chover o que vai dificultar nossa entrada nessa mata.

— Será que tem um facão na van? — pergunto para o Arthur que arrumava suas armas.

— Menor — chamou um dos vapores que logo veio até nós — Tem algum facão na van?

— Tem sim, chefe. Atrás do banco. Vou buscar.

O menor foi buscar o facão enquanto dei uma ajeitada no meu colete que estava meio largo.

Logo o menor apareceu com dois facão grande. Mandei dois vapores irem em nossa frente cortando alguns matos que atrapalharia nossa passagem. E adentramos para dentro da mata.

A chuva aumentou consideravelmente, estava foda. Quase nem dava pra enxergar. Um vento do caralho também.

Andamos por muito tempo até avistarmos uma espécie de cabana no meio do nada ali. A Jéssica estava lá. Eu sentia isso. Havia dois vapores apenas fazendo a escolta do local.

Olhei para o Arthur que entendeu. Juntos colocamos o silenciador em nossas armas e atiramos nos vapores que caíram mortos no chão.

— Vou entrar com o Arthur e vocês ficam aqui fora para qualquer eventualidade. Não quero vacilo. — digo.

Eles assentiram e eu juntamente com o Arthur me aproximei da cabana. A porta estava trancada, meti o bicudo fazendo ela se abrir e quebrar.

O local era pequeno. Não era difícil saber que a Jéssica estava na porta a minha frente. Sem pensar duas vezes chutei a porta e ela se abriu me dando a visão da Jéssica encolhida na cama.

— Meu amor — corri até a cama. Jéssica estava bem fraca. Dois dias sem comer.

— Matheus — uma lágrima caiu de seus olhos — Meu Deus. Não acredito! Você veio...

— Eu prometi que nunca ia te abandonar e eu tô aqui. Vou te proteger sempre, minha dama.

Jéssica se sentou na cama com dificuldade e me abraçou apertado.

— Vamos embora, meu amor.

Tiro meu colete e coloco na Jéssica.

Depois que te conheciOnde histórias criam vida. Descubra agora