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MATHEUS NARRANDO:

Enfim chegou o dia do baile. Dia de comemorar minha recuperação e vou assumir o morro novamente. Todo esse tempo o Arthur ficou na frente do morro e agora que estou de volta, vou voltar na linha de frente.

Estou trajando uma calça jeans lavagem clara, uma camisa branca da Lacoste e um tênis branco. Passo hidratante, perfume e coloco minhas correntes de ouro e meu relógio.

— Nossa que gato! — Jéssica diz chamando minha atenção, me viro para lhe olhar e puta que pariu. Jéssica está maravilhosa.

Está com um vestido curto vermelho, curto até demais. Curto e apertado ao corpo. Deixando a mostra todas suas curvas perfeitas.

— Vai um babador aí? — pergunta com as mãos na cintura.

— Tu tá gata demais, mulher. — me aproximo dela — Quer me matar é?

— Obrigado, lindo. Você também está maravilhoso. — me da um selinho.

— Bora?

— Misericórdia, faz tanto tempo que não vou em baile que nem sei — ela diz e rimos.

Vamos pagar duas pessoas para cuidar de toda a creche. Alice, Alex, Victor, Enzo e Laura.

— Esse não será qualquer baile, será especial! — agarro sua cintura.

— Eu sei — sorri — O todo poderoso chefão está de volta.

Coitada. Mal sabe o que está lhe esperando nesse baile.

— Não vai me dizer qual cantor vocês chamaram? - — neguei.

— Nem eu sei, linda. — minto.

— Oh casal — Arthur diz entrando no quarto — quero atrapalhar não, mas, bora?

— Bater na porta é luxo né filho da puta.

— Ja sou de casa.

— É mais e se a Jessica tivesse nua pô — digo bolado.

— Jéssica pra mim é homem cara. — rimos — Cê acha que eu ia olhar minha irmãzinha pelada?!

— Chega desse papo vai — Jéssica diz impaciente — Vamos! — me puxa para fora do quarto.

Antes de saírmos de casa nós despedimos das crianças e a Jessica passou um milhão de recomendações para a babá. Jéssica era meio pilhada com a rotina das crias. Eu sou todo bagunçado, como vou fazer pra ser regrado assim?

Chegamos na quadra e como sempre estava aquele movimento. Hoje estava um pouco mais "cheia" do que o normal por conta de todos os acontecimentos. Minha volta e o cantor que chamamos. Fluxo tava intenso. Assim que descemos do carro todos os olhares se voltaram para nós. Segurei firme na cintura da Jéssica e coloquei ela em minha frente. Tem muito vacilão nesses bailes. Os "noias" tão nem vendo em passar a mãos ou mexer com as minas. Eu que não quero matar alguém hoje, quero só curtir minha noite ao lado da morena.

Por onde passávamos todo mundo abria caminho e cumprimentava. Jéssica parou de andar e eu lhe olhei sem entender.

— Vou pegar uma água. — diz no meu ouvido.

Depois que te conheciOnde histórias criam vida. Descubra agora