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JÉSSICA NARRANDO:

Talvez o que toda pessoa complicada precise, é de alguém disposto a enfrentar todas as suas complicações com um sorriso no rosto. Isso que eu chamo de amor. Não ter paciência com o mundo inteiro, mas com aquela pessoa, o complicado se torna simples, o difícil se torna fácil, o errado se torna certo.

Se passaram 2 semanas desde quando a Larissa "fugiu" do hospital e recuperou a memória. 2 semanas que o Matheus está um pouco estranho, digamos assim, ele tenta fingir que nada está acontecendo, mas eu sinto que há algo de errado com meu boy. E odeio me sentir assim, bufo irritada.

Há 2 semanas atrás o Matheus chegou em casa um pouco "desnorteado" digamos assim, seje lá o que aquele pivete falou pra ele, mexeu com ele. E pasmem, ele não matou o pivete!!!! Isso mesmo, ele deu uma boa grana para o moleque se mandar com a sua mãe. Isso é a única coisa que eu sei sobre aquela noite, Matheus não me falou nada sobre o que de fato aconteceu.

Escuto a porta bater e Matheus adentrar na sala com a Alice grudada em seu pescoço.

—  Que demora vocês três! — reclamo.

— Ah mamãe, a gente nem demorou. — Alex diz todo mocinho meu bebê.

— Então vão tomar banho que já já a tia Larissa vai chegar com o novo membro da família. — aviso.

Hoje o bebê da Larissa, cujo o nome seria, Enzo sairia do hospital! Não vou nem dizer que o Arthur não queria esse nome né? Mas quem ganha da Larissa?

—  Ta pensativa hoje — Matheus diz me dando um selinho.

Alice e Alex subiram para seus quartos

— Igual você nessas últimas duas semanas... — lhe encaro.

Matheus desvia o olhar. Eu sabia! Eu sabia que ele estava  me escondendo algo ou que alguma coisa estava errada.

— Você vai me falar ou quer que eu descubra sozinha? — cruzo os braços.

— Desapega dessas ideias, morena. — se joga do meu lado no sofá.

— A gente não tínhamos combinado que em nosso relacionamento não teria espaço para mentiras ou segredos?

Matheus suspira.

— Eu não tô mentindo pra tu não, minha dona. Só são coisas do morro e eu já te mandei o papo que não quero tu envolvida nisso.

— O que o moleque do estacionamento te falou? — pergunto.

Matheus estreita os olhos. Desde aquele dia, hoje é o primeiro dia que to perguntando assim abertamente.

— Jéssica... — ele resmunga.

Antes que o Matheus falasse qualquer coisa a porta se abre e por ela entra o Arthur, Larissa segurando seu bebê. Me levanto rapidamente pra ver o pequeno. Ele era tão lindinho.

— Vou lavar as mãos e passar álcool pra pegar ele — digo correndo até o banheiro para lavar minhas mãos.

Lavo as mãos e passo álcool pra enfim pegar meu afilhado. QUE LINDOOO!

Depois que te conheciOnde histórias criam vida. Descubra agora