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• Mariana Narrando •

Enquanto o Matheus surtava comigo, vi quando o André adentrou meu quarto e paralisei.

Ele estava com o rosto bem vermelho e seus olhos também, parecia que havia chorado.

Rapidamente seus olhos se encontraram com os meus e ficamos longos minutos se olhando sem dizer nada.

Não sei que porra acontecia comigo, mas todas as vezes que nós encontramos fico completamente hipnotizada com seus olhos.

— Bom, eu vou pra casa do Matheus... — Jéssica diz tentando quebrar o climão que estava aqui.

— Vai? — Matheus pergunta sem entender.

— Sim, preciso descansar um pouco. Acho que minha pressão baixou... — Jessica mente descaradamente.

— Aproveita que o doutor está aqui e pede pra ele te examinar... — Matheus diz inocente.

— Não precisa. Vamos.

Sou despertada do meu transe com a Jéssica me dando um beijo no topo da cabeça e então sem dizer mais nada Jéssica e Matheus saíram do quarto me deixando sozinha com o André, que ainda estava parado perto da porta me olhando.

— O que você tá fazendo aqui? — pergunto quebrando o silêncio incômodo que estava no quarto.

—  O que eu tô fazendo aqui? — ele repete mimha pergunta — Boa pergunta... O que eu ainda tô fazendo aqui? — ele diz baixo com a voz falha.

Permaneci em silêncio lhe encarando, na verdade, eu queria matar ele.

— Quem é o pai? — ele pergunta se aproximando da cama — Sou eu?

— Não te interessa... Eu não vou ter. — digo firme. Eu não poderia fraquejar. Não na frente dele.

— Não vai ter o quê? O filho? — perguntou e eu balançei a cabeça afirmando — Você só deve estar maluca... Esse filho é meu? — pergunta novamente.

— Eu já disse que não te interessa, caralho. Não te interessa nada que aconteça na porra da minha vida. Sai daqui, André. — digo irritada.

— Claro que me interessa! E eu só quero deixar uma coisa bem clara aqui, se esse filho for meu, tu não vai tirar e nem pense em fazer uma besteira! — ele diz autoritário.

— Eu faço o que eu quiser com a minha vida e com meu corpo. — retruco.

— É meu, não é? — ele pergunta.

—  O que você acha? — devolvo uma pergunta.

André ficou longos minutos em silêncio, seu olhar estava indescritível.

— Tá — respirou fundo — Se você não quer esse filho, tudo bem, não vou te obrigar á ficar com ele. Mas se tu não quer, eu quero.

— André... — tento argumentar, mas ele não deixa.

— Vamos fazer um acordo? — André pergunta me interrompendo.

Depois que te conheciOnde histórias criam vida. Descubra agora