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JÉSSICA NARRANDO:

Fui colocada em uma casa no meio do nada. LITERALMENTE. Não tinha nada ao redor, só mato mesmo.

O homem que me sequestrou estava de capuz e eu não pude ver seu rosto ainda, em momento nenhum ele falou comigo nem nada do tipo. Ele me deixou aqui num quarto e trancou a porta me deixando sozinha.

Que droga!

Logo a porta se abriu novamente e o homem do capuz trouxe umas coberta e acendeu a luz, pude ver melhor o quarto em que eu estava, tinha apenas uma cama e mais nada.

— O que você quer comigo? — perguntei tentando olhar seu rosto.

Não tive resposta, apenas o silêncio.

— Você não fala? — continuei — Fala comigo, porra!

Novamente ele saiu do quarto sem falar nada, me deixando sozinha. Filho da puta!

Ja to morrendo de saudades dos meus filhos e do Matheus, falando nele, tenho certeza que ele irá fazer de tudo para me encontrar. Seje lá quem está por trás desse sequestro, creio eu, que só me sequestrou porque do Matheus mesmo.

-

Já perdi a noção do tempo aqui dentro, ninguém veio até aqui. Não sei se fico aliviada ou preocupada.

Fico andando de um lado para o outro dentro desse quarto, tento abrir a porta, mas claro estava fechada. Eu quero sair daqui!

Percebo pela pequena janela que amanheceu, eu estou morrendo de fome, namoral. Barriga ta até doendo de fome.

Escuto um barulho do lado de fora e corro até a cama me sentando na mesma. A porta abriu e o homem do capuz entrou novamente, dessa vez com comida.

Ele colocou a comida na cama e ia saindo quando corri e segurei seu braço.

— O que você quer comigo? — pergunto.

Ele continuou em silêncio.

— Fala comigo, por favor. — peço.

Esse silêncio estava me matando.

Ainda sem dizer nada ele saiu do quarto, filho da puta.

Eu estava com fome? Sim, morrendo de fome.

Mas eu sou orgulhosa e não vou comer, vai que tem veneno aí. Eu em.

Se passou mais algum tempo, até que a porta se abriu novamente. O homem do capuz estava segurando uma cadeira que colocou na minha frente, fechou a porta e se sentou na cadeira.

Ficamos em silêncio.

— Acho que temos muito o que conversar. — ele falou pela primeira vez.

Fiquei paralisada em choque. Eu não poderia acreditar na voz que meus ouvidos acabou de ouvir, eu tô ficando doida.

— Você está morto — me afastei ainda mais.

Depois que te conheciOnde histórias criam vida. Descubra agora