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• Matheus narrando •

Observo a Jéssica indo embora praticamente correndo com as crianças, aperto o volante com raiva e dou um soco no mesmo.

Fiquei anos imaginando como seria o nosso reencontro e se isso um dia fosse acontecer, e de tudo que imaginei jamais imaginaria que a Jéssica iria aparecer com duas crianças dizendo que são meus filhos.

— Droga! — digo com raiva.

— O que foi, papai? — Murilo pergunta curioso.

— Nada filho, vamos embora. — digo ligando o carro novamente.

Rapidamente chegamos no hospital, estacionei o carro novamente, ajudei o Murilo a descer e entramos no hospital.

Patrícia assim que nos viu veio correndo. Ela estava espumando de raiva.

— Aonde vocês estavam? — pergunta ao se aproximar.

— Fui dar uma volta com o Murilo. — minto.

— Custava me chamar pra ir junto?

— Mas mamãe, eu acho que não ia caber todo mundo no carro. — Murilo diz inocente.

— Como assim? — Patrícia pergunta me encarando.

— Dei carona pra um conhecido meu...

— Que conhecido? Quero nomes... — ela diz.

Levantei a sobrancelha lhe encarando. Eu não devo satisfação da minha vida pra ninguém.

— Fiz dois amiguinhos novos mamãe, a menina chama Alice e o menino Alex. — Murilo conta animadamente.

— Deu carona pra um conhecido ou para a vadia?

— Primeiro, não fale assim da Jéssica. Nos sabemos quem é a vadia aqui. Segundo, não começa com seu showzinho, estamos no hospital e eu tô de cabeça cheia.

— Então é isso?! Você sai, dá carona pra uma vadia qualquer e quer que eu fique de boa? Eu já te avisei ou você esquece que um dia conheceu aquela mulher ou eu vou embora pra sempre com o Murilo! — tenta me ameaçar.

Toda vez era essa palhaçada. Toda hora me ameaçava colocando o menino no meio. Não precisava ser a pessoa mais inteligente pra saber que eu morreria pelo meu filho e ela usava isso pra tentar me deixar preso a ela.

— E eu já te falei, se você for embora com ele, eu te caço até no inferno! Não me ameace, você sabe muito bem do que sou capaz. — digo apertando seu braço com força.

— Eita, vamos acalmando os ânimos por aqui né?! — Arthur diz me puxando pra trás.

Murilo olhava tudo com os olhinhos arregalados, peguei o mesmo no colo e me sentei afastado na sala de espera.

— Papai, você tá babo? — pergunta com seus olhinhos brilhantes.

— Não, filho — digo apenas, acariciando seus cabelos.

— Eu gostei de binca com o Alex e a Alice...

— Que bom meu filho.

Depois que te conheciOnde histórias criam vida. Descubra agora