Epilogo ❤️

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Ele não era o típico príncipe encantado, sabe? Aqueles num cavalo branco, perfeito em todos os sentidos e em todos os pontos de vista. Ele é aquele ogro que fala tudo que pensa na frente dos outros, por mais constrangedor que possa ser, ele é aquele cara cheio de defeitos, que, com certeza, lhe fará chorar um dia por não ter sido ou feito o que ela esperaria. Sim, ele é o sapo da história, sim, ele é aquele cara que vai tropeçar inúmeras vezes e vai lhe magoar em cada vez. Mas ele também é aquele cara que se fará de palhaço para ver ela sorrir, ficará triste e decepcionado a cada vez que lhe magoar, deixará o mundo dela abalado, com certeza! Ela nunca pediu por perfeição porque ela mesma é toda errada, toda torta e nesse erro, totalmente inadequado, há felicidade, que transborda e supera qualquer defeito, qualquer briga, qualquer medo. Ela não precisa de príncipes encantados se já tiver seu coração, ele é mais valente que qualquer um e derrama amor e carinho por ela.

Para tudo Deus tem um propósito, um tempo certo, nós as vezes passamos por certas coisas e essas coisas nos fazem amadurecer, nos servem como aprendizado, nos servem como experiência.

Jéssica narrando:

Estava arrumando os preparativos para a comemoração da nossa borda de Cristal.

— Faz isso direito, Alex. — digo brava com ele.

— Ô coroa, eu sou traficante não sou decorador de festa não. — diz tentando fazer um arco para decorar a entrada da Chácara.

—?Traficante teu rabo, filho da puta. — jogo meu chinelo em sua cabeça — Eu te pari menino e se eu tô mandando você fazer a merda desse arco é pra fazer!

— Calma, dona encrenca — resmunga massageando aonde o chinelo bateu.

Alex é o xerox todinho do Matheus. Acho que nem se eu quisesse ele nasceria tão a copia do pai.

Continuo enchendo as bexigas e uma estoura bem na minha cara. E dói essa merda.

— Isso que dá ficar brigando comigo — diz enquanto tenta deixar o arco em pé, mas sem sucesso.

— Não aguento mais enrolar esses brigadeiros — Lua bufa irritada.

— E eu te perguntei alguma coisa? — arqueio a sobrancelha — Bora linda — bato palma pra ela voltar a fazer seu trabalho.

É triste viu. Eu pari cinco filhos e toda vez que eu mando eles fazerem algo POR MIM. Para a mãe deles. Eles reclamam o tempo todinho. E não fazem nada direito.

— E por que o Victor não ajuda? — pergunta a outra gêmea, vulgo Leticia, bolada também — É o filho preferido né? — diz com ciúmes.

— Não tenho preferência entre vocês. Eu amo todos os cincos iguais. — digo magoada. Odeio quando eles fazem isso.

Victor Hugo é um caso a parte. Infelizmente não tem como negar seu gene. Ele tem o sangue ruim do pai. É meu filho, eu amo ele. Mas ele não é uma pessoa fácil de lidar.

—  Não é o que parece! — Lua se levanta e sobe as escadas brava.

— Eu também estou me retirando — Letícia diz subindo as escadas.

— Fica triste não coroa. Elas tem ciúmes da senhora tu sabe. — Alex diz ainda tentando arrumar o arco.

Me levanto e vou até ele tentando ajudar com o arco. Mas não ia. Trem difícil viu.

Depois que te conheciOnde histórias criam vida. Descubra agora