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• LARISSA NARRANDO •

Acordo sentindo uma dor de cabeça muito forte, pressiono meus olhos para conseguir mantê-los aberto, sinto sede, minha boca está completamente seca.

— A-agua — digo fraca.

Vejo um homem correndo rapidamente até minha cama, ele estava indo pular a janela?

— Meu amor, você acordou! — ele diz feliz — Meu Deus, não acredito! Minha vida, como você se sente? Ta sentindo alguma coisa? — pergunta tudo tão rapidamente fazendo minha cabeça girar.

— Quem é você? — pergunto lhe olhando.

— Quê? Como assim? Tá de sacanagem, Larissa? Eu sou seu marido, pai dos seu filho. — ele diz me olhando estranho.

— Eu tenho um filho? — pergunto confusa.

Antes que ele fale alguma coisa a porta se abre, em um movimento rápido o tal homem que estava aqui comigo corre até o banheiro se escondendo.

— Ela acordou!!! — diz outro homem de jaleco. Deve ser o médico — Como você está se sentindo querida?

— Não sei... O que eu tô fazendo aqui? — pergunto confusa.

— Você não se lembra?

— Não.

— Certo, vamos fazer alguns exames ok?

O doutor aperta alguns botões que ficava ao lado da minha cama e logo o quarto estava cheio de enfermeiras me levando para fazer uma bateria de exames.

Exames e mais exames, parecia que não ia acabar nunca, mas enfim, estou a caminho do meu quarto em uma cadeira de rodas sendo guiada por uma enfermeira. Confesso que me sinto um pouco nervosa para ver o tal homem novamente, ele era tão lindo! Será que continua em meu quarto? Quem é ele? Por que estava se escondendo? Eu tive um filho? Era casada? MEU DEUS, são tantas perguntas...

Perdida em meus pensamentos chegamos ao meu quarto, a enfermeira me ajuda a subir em minha cama, sinto uma dor no pé da barriga.

— Nossa, está doendo... — digo colocando a mão em cima da minha barriga.

— É normal doer um pouco mesmo, você acabou de fazer uma cesariana. — a enfermeira explica.

Meu mundo parou naquele momento, então o homem estava certo. EU TIVE UM FILHO!

— Eu... — suspiro — Eu tive um filho mesmo?

— Sim, um lindo menino. Guerreiro igual a mãe. — sorriu simpática.

— Eu quero ver ele...

— O horário de visitas é apenas amanhã, hoje já esta muito tarde. Amanhã bem cedo consigo te levar lá, ta bom?

— Tá — digo frustada.

A enfermeira me dá um sorriso simpático e sai do quarto me deixando sozinha.

Sinto um aperto em meu coração tão grande, eu não sei o motivo, mas é tão ruim não se lembrar de nada.

Depois que te conheciOnde histórias criam vida. Descubra agora