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• Matheus Narrando •

Acordo sentindo todo meu corpo doer e só então percebo que acabei dormindo na boca mesmo. Devia estar muito louco mesmo pra dormir aqui.

Me levanto olhando ao redor, havia várias garrafas de bebida por todo lado.

Balanço a cabeça negativamente, passando aos mãos pelos meus cabelos. Eu tô muito quebrado.

Pego a chave do meu carro, minha carteira e minha arma saindo da boca. Cumprimento alguns vapores que estavam ali e subo o morro em direção ao meu barraco.

Minha cabeça está a ponto de explodir.

Chego em frente ao meu barraco, deixo o carro ali fora mesmo pois já vou sair, só vou tomar uma ducha. Adentro a minha casa subindo as escadas rapidamente.

Termino meu banho, visto uma roupa normal, passo perfume, hidratante, coloco meu cordão de ouro e saio de casa.

-

Vinte minutos depois chego em frente a casa da Jéssica, respiro fundo e saio do carro indo até o portão da sua casa.

Aperto a campainha e fico esperando alguém me atender.

— Quem é? — Mariana pergunta ao atender a campainha.

— Acordada a essa hora? Milagres acontecem... — brinco.

— Entra aí. — ela diz abrindo o portão.

Entro dentro da casa avistando a Mariana na sala com os olhos vermelhos.

Com certeza, estava chorando.

— O que foi? — pergunto em alerta.

— Nada, por que?

— Tava chorando por quê mesmo? — pergunto.

— Eu não estava chorando. — mente.

— Então usou droga, porra?

— Tá louco?

— Pra mim tu não mente não, Mariana. Seus olhos tão vermelho, parece que fumou uns dez baseado. Desembola logo aí e me fala o que tá acontecendo com você. — digo lhe encarando.

— Eu não sei do que você está falando... — ela diz indo pra cozinha, mas claro, eu vou atrás dela — Você veio ver as crianças? Eles ainda estão dormindo... — tenta mudar de assunto e eu apenas fico a encarando sério. Odeio quando mentem pra mim.

— Mariana... Mariana... — respiro fundo — Não vai me dizer mesmo o que tá acontecendo com você?

— Eu já disse que não tá acontecendo nada, mas que saco! Me deixa em paz, caralho. — esbravejou nervosa.

— Ok, vou ter que descobrir sozinho mesmo. — digo baixo — Cadê a Jéssica?

— Deve estar no quarto dela né? — diz como se fosse óbvio.

— Ela já acordou? — pergunto.

— Acho que sim.

Depois que te conheciOnde histórias criam vida. Descubra agora