11. Supergirl

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-PoV Lena-

Como faltavam apenas dois dias para o evento beneficente que a L-Corp estava organizando, eu andava trabalhando muito e não cheguei a sair do meu prédio em nenhum desses dias. Hoje, eu e Sam tínhamos uma reunião com o diretor do Hospital Infantil que irá receber as doações, como ela é muito boa em toda essa parte financeira, ela iria ajudá-los a onde investir melhor o dinheiro que vão receber, além de estabelecer algumas diretrizes que os ajudem a manter o mínimo de equilíbrio financeiro.

-Você tem certeza que quer ir? Eu posso dar conta da reunião sozinha. O prédio tá cercado de gente querendo te perguntar sobre a mulher que te salvou do acidente. -Sam andava ao meu lado em direção ao carro que nos aguardava na frente do prédio.

-Eu sei que você dá conta, Sam. Mas eu quero acompanhar tudo de perto, eu confio no seu trabalho, mas não conheço o diretor do Hospital, e a última coisa que eu quero é escândalo com dinheiro de doação de novo. E sobre a imprensa, só preciso continuar negando.

-Mas você não viu nada, viu? -ela perguntou.

-Eu já disse que vi o que todos vocês viram nos noticiários, uma mulher salvou a minha vida e a do piloto. -respondi.

(...)

Assim como a Sam havia dito, fui abordada em frente ao prédio por vários repórteres. Mas como dona de uma empresa de mídia, eu não daria nenhuma informação importante a concorrência. Ignorei a maioria das perguntas e respondi com sim ou não para algumas outras, até que alguém perguntou se deveria chamá-la de bola de destruição, porque a explosão de partes do drone e o pouso forçado do helicóptero causaram alguns danos no parque.

-Bola de destruição? -perguntei parada na porta da limousine. -Tenta você salvar com as mãos um helicóptero no ar de um ataque.

-Então você também a chama de mulher voadora?

-Não. -respondi encarando os olhos ansiosos em minha direção.

Aqueles codinomes já estavam me incomodando de tão ruins, então aproveitei a oportunidade e a chamei com o nome que não saia da minha cabeça. Eu não tinha falado nada com a Kara ainda sobre isso, mas quando dei minha entrevista exclusiva pra CatCo eu o usei para me referir a ela, então torci pra que Kara gostasse, porque em poucos minutos estaria na capa da revista.

-Eu a chamo de Supergirl. -finalmente respondi.

Antes que me fizessem mais milhares de perguntas eu entrei no carro e o motorista deu partida.

-Supergirl? -Sam perguntou.

-Super é um prefixo usado pra aquilo que demonstra proeminência, e com certeza ela se destaca no meio de todo mundo.

-Justo. -Sam disse sorrindo. -Eu gosto desse nome, vou dizer a Ruby, ela é louca pela mulh... Supergirl. -ela mesma se corrigiu e nós duas rimos.

___

Já eram quase nove da noite e eu ainda estava trabalhando no meu escritório, como eu andava passando a maior parte do tempo resolvendo coisas do evento do final de semana, parte do meu trabalho estava atrasado.

Ouvi a porta abrir e quando olhei era a Kara. Ela parou de frente a minha mesa e seus braços estavam cruzados. Ela arrumou os óculos me encarando e fez uma cara brava pra mim.

-Aconteceu alguma coisa? -perguntei.

-Supergirl? Você me chamou de Supergirl? Agora tá todo mundo me chamando assim... Por que você me diminuiu desse jeito? Você tem certeza que esse é um bom nome? -Kara tagarelava apressada fazendo uma pergunta por cima da outra.

Chemical Hearts - SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora