24. Happy hour

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-PoV Lena-

Alguns dias no D.O.E com o Winn e com o Brainy, e já estávamos muito perto de conseguir fazer a cápsula da Imra voltar a funcionar. Por isso, eu quase não saía mais do laboratório da Alex, eu estava dedicando todo o meu tempo a mandar aquela mulher de volta pra onde ela nunca deveria ter saído.

Mesmo que todo mundo ache que eu esteja com ciúmes dela, o que também não é mentira, já que ela passa o dia inteiro agarrada com a minha namorada pra cima e pra baixo e com uma aproximação desnecessária, eu tenho motivos suficientes pra não confiar naquela mulher. Desde o primeiro dia que a Kara falou dela pra mim, que tive minhas dúvidas, mas por enquanto, eu prefiro continuar apenas observando tudo.

Lena. -ouvi a voz da minha cunhada e ela entrou no laboratório parando atrás de mim enquanto eu terminava a solda de uma pequena placa.

-Oi, Alex. Tá tudo bem?

-Sim. Eu só vim ver se você tá precisando de alguma coisa. Todo mundo saiu pra comer e você não foi.

-Eu tô sem fome hoje. Mas obrigada pela preocupação, daqui a pouco eu como alguma coisa.

-Tudo bem, então. E o que você tá fazendo aí? -ela perguntou sentando ao meu lado.

-Tô tentando criar um conector de carga que funcione nessa tecnologia da cápsula. É algo muito específico, mas acho que tô bem perto de conseguir.

-É... eu definitivamente passaria anos pra fazer algo assim. Mas, fico feliz que meu laboratório está ótimas mãos. Isso aqui andava bem parado antes de vocês chegarem.

Eu sorri com o elogio e ficamos conversando sobre os avanços do nosso trabalho por um tempo. A parte positiva disso tudo, é que eu e a Alex nos aproximamos muito, ela também é apaixonada pela ciência, então sempre temos muito o que conversar.

-Alex, eu posso te pedir uma coisa?

-Sim, claro que pode, se eu puder ajudar...

-É que trabalhando aqui esses dias, eu vi que o drone que atingiu meu helicóptero tá aqui em uma de suas estantes. Você se importaria se eu desse uma olhada nele depois?

-Ah, então, nós já analisamos cada partezinha dele, a tecnologia usada é totalmente desconhecida, mas, já que não encontramos nada, eu acredito que não tenha problema nenhum você olhar também.

Antes mesmo de terminar de falar, Alex já procurava a chave da estante numa gaveta e me entregou.

-Muito obrigada! -falei sorridente.

-Por nada. Espero que de alguma forma te ajude. -Alex dizia, mas prestava atenção na janela do laboratório que dava para um dos corredores do prédio.

Kara e Imra estavam passando bem na frente naquele momento e fizeram sinal chamando ela.

-Acho que eu preciso ir. -Alex disse respirando fundo e depois me encarando.

Provavelmente eu não consigo mais disfarçar minha insatisfação ao ver aquela mulher com a Kara, então antes de sair, Alex tentou me encorajar.

-Pelo menos você está bem perto de mandar ela de volta pra puta que pariu.

Eu ri sozinha da motivação que ela deixou antes de sair e continuei a trabalhar. Quando Winn e Brainy chegaram, eu pedi aos dois para continuarem fazendo os testes e fui examinar o drone que quase me matou no dia do acidente.

Alex tinha razão, não tinha nada patenteado, e não tinha nada que ajudasse a encontrar a origem de sua fabricação, além de alguns materiais raros, mas, que ainda assim não daria nada conclusivo. Porém, o que me chamou mesmo a atenção, foi a tecnologia usada pra disparar os lasers, com certeza usaram um acelerador de partículas muito poderoso para conseguirem feixes de energia tão fortes. Na hora eu não quis acreditar, mas só existe uma pessoa que eu conheço nesse país e que trabalhava com esse tipo de acelerador usando uma energia tão potente...

Chemical Hearts - SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora