23. Meu lugar favorito

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-PoV Kara

Depois de prometer a Lena que eu não usaria minha visão pra ver o que ela andava aprontando, devo ter passado cerca de 20 minutos sozinha na banheira esperando ela me chamar. Eu cumpri minha promessa e não espiei nada do que ela fazia, mas ouvi ela mexer na gaveta dos meus lençóis e depois ouvi ela procurar alguma coisa pela cozinha e pela sala.

Fechei meus olhos alguns segundos e ouvi o som de pequenas chamas, como de velas. Ela estava preparando algo a luz de velas? Um jantar não poderia ser, tínhamos acabado de comer. Minha mente ficou presa naqueles sons até que uma música instrumental foi iniciada, provavelmente no próprio celular dela, e era muito baixa, até me perguntei se ela mesma conseguiria ouvir.

-Pronta? -Lena apareceu no banheiro segurando um roupão pra mim.

-Não sei. Mas, curiosa com certeza. -respondi e Lena riu.

-Então vem logo!

Eu terminei de me secar, me vesti com o roupão e fui até ela. Minha sala estava com a iluminação pela metade e várias velas harmonizavam dando um clima bastante aconchegante. Lena tinha afastado a mesinha de centro e ali tinha uns dois edredons forrados um em cima do outro como se fossem colchões. A música tinha ficado um pouco mais alta, mas mesmo assim era algo muito sutil.

-O que você pretende fazer comigo?

Lena me observava enquanto eu analisava os detalhes do que ela tinha arrumado na minha sala e logo em seguida se aproximou de mim segurando minha cintura.

-Hoje eu vou deixar a minha garota de aço totalmente sensível, você vai sentir prazer em cada partezinha do seu corpo com muito mais intensidade. Vamos dissolver qualquer informação sensorial que o seu corpo tenha, de que o prazer está somente entre as pernas. De primeira, talvez você se choque um pouco com todas as sensações novas, mas eu tenho certeza que você vai gostar.

-Parece interessante, mas como você pretende fazer isso?

-Com uma massagem. -ela respondeu animada.

-Massagem? Eu não sei se apertar meus músculos é uma boa ideia, eu não vou sentir nada porque eles nem vão se mexer.

Um sorriso um pouco malicioso brotou no canto dos lábios dela e ela segurou meu rosto com uma de suas mãos.

-Você consegue sentir isso?

Lena roçou a pontinha do nariz no meu pescoço, e sua respiração quente na minha pele me fez arrepiar.

-Consigo. -respondi tentando controlar minha voz.

-E isso? -ela abriu meu roupão e com a língua deu uma leve lambida no meu mamilo.

-Também!

Senti as pontas de seus dedos deslizarem entre minhas coxas subindo até perto da minha virilha e minhas bochechas coraram com o gemido que não resisti em segurar.

-Definitivamente eu senti isso. -falei mesmo sem Lena perguntar e ela riu baixinho.

-Então vai dar certo, eu não vou massagear os seus músculos, eu quero estimular o prazer no seu corpo. -ela disse bem perto do meu ouvido onde deixou um beijo bastante delicado.

-Isso tá com cara de tortura. -falei tentando parecer séria.

-Deixa de ser boba, claro que não é. Eu juro. Maass, você não pode me beijar. Não nesse primeiro momento.

-Tortura! -confirmei.

Lena sorriu fechando meu roupão de volta e sentamos no edredom do chão uma de frente pra outra enquanto ela me explicava.

Chemical Hearts - SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora