-PoV Lena-
Eu e o Brainy passamos o resto daquela noite acordados, a gente não suportava ver mais nenhuma notícia sobre o incêndio, então desligamos a TV e esperamos.
Às vezes eu sentia algumas lágrimas teimosas saírem sozinhas e eu implorava internamente pra que o Lex não conseguisse encontrar a Kara.
Meu irmão nunca passou de uma criança mimada, mesmo com mais de quarenta anos. Se existe alguma coisa que ele ainda não tenha, ele vai tentar ter ou fazer com que ninguém tenha, Lex tem essa necessidade de ser único em tudo. Como ele não pode ter poderes iguais aos da Supergirl, eu sei que podemos esperar alguma maldade sua que não passa de uma pirraça.
O que me assusta, além de tudo que já está acontecendo, é que eu não sei como a Kara está, tenho certeza que nada bem, e isso pode deixá-la desatenta em um possível ataque do Lex contra ela usando a kryptonita.
Só de pensar naquilo eu sentia aquele desespero que fazia meu corpo inteiro formigar. Brainy me encarava como se quisesse me dizer alguma coisa, mas qual palavra de conforto poderia ser dita naquele momento?
A gente nunca tinha outra opção além de aceitar qualquer coisa do Lex só pra ter um mínimo de chances de sair dali, não obedecer foi pior e tentar fugir, pior ainda.
Quando menos esperávamos, Lillian entrou no laboratório sozinha e com o rosto até mais corado do que antes.
-Mãe! Você tá bem? Você parece melhor. -perguntei.
-Um pouco, Lex injetou o soro em mim de novo, mas só o suficiente pra eu conseguir ficar de pé. -ela respondeu sem nenhuma gota de vontade e parecia derrotada por dentro.
-Isso é a cara dele... só pra conseguir te usar. O que ele quer que você faça dessa vez? -perguntei tentando entender nossa atual situação.
Lillian demorou um pouco pra responder, talvez eu estivesse tentando escolher as palavras, mas logo depois ela despejou tudo.
-Nós vamos embora daqui. Eu vim buscar vocês dois.
-Embora? Embora pra onde? -perguntei.
-Eu também não sei, filha. Mas o jatinho já está pronto e tem dezenas de seguranças aqui fora esperando a gente pra irmos ao aeroporto.
-Mãe, a gente não pode ir embora do país. Se fizermos isso, nunca mais ninguém vai nos encontrar. Você quer viver seus últimos dias assim? Servindo ao Lex?
-Lena, tem quase um exército aqui fora. Você não tá entendendo. Uma fuga jamais daria certo.
-Talvez não pra nós três, mas podemos dar um jeito só pra o Brainy fugir.
-Lena, não! Eu não vou embora sem você. -meu amigo prontamente falou como se aquilo fosse um imenso absurdo.
Primeiramente eu sorri, porque Brainy raramente me chama de Lena sem alguma formalidade antes, como "senhora" ou "senhora Luthor". Pela primeira vez ele estava me chamando pelo meu primeiro nome e isso foi uma gota de sentimento bom naquele mar de pesadelos. E mais uma confirmação de que eu estava fazendo a coisa certa.
-Brainy, me escuta. Eu não vou conseguir sair daqui com você. Minha mãe precisa entrar naquele avião comigo ou teremos um problema ainda maior. Lex vai dar chilique por você ter fugido, mas o que ele quer mesmo é ter a família reunida do jeito doentio dele. Então eu vou pensar num jeito de te tirar daqui e você vai correndo encontrar a Kara, okay? Você é a única chance que nós temos.
-Isso não é justo! -Brainy disse elevando seu tom de voz. -Você vai morrer se continuar nas mãos do Lex. A gente nem sabe pra onde esse avião tá indo, como vamos te achar depois?
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Chemical Hearts - Supercorp
Fiksi Penggemar"O amor não chega cedo nem tarde, ele é pontual. Ele sempre chega na hora certa, seja ela qual for. O amor verdadeiro não tem prazo de validade, não escolhemos senti-lo, mas sentimos sem querer". Lena Luthor é uma bilionária que está lutando para sa...