13. Sua família confia em você

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-PoV Kara-

Mais uma noite em National City em que eu vinha ajudando as pessoas evitando diversos acidentes, assaltos e até tentativas de homicídios. Eu estava voando pelo céu da cidade quando senti ser atingida por alguma coisa que eu não consegui identificar. Pela primeira vez depois que cheguei na Terra, senti algo totalmente diferente, dor, eu sentia alguma coisa atravessar pelas minhas veias, minha pele queimava, mas não havia sinal de fogo, minha vista escureceu logo em seguida e depois disso só lembro de acordar com uma luz muito forte no meu rosto.

-Onde eu tô? -perguntei ainda despertando e vi quando a Alex se aproximou de mim.

Tentei me levantar ou pelo menos me mexer, mas percebi que eu estava presa em algum tipo de mesa ou maca. Em volta dos meus pulsos eu conseguia ver um líquido verde nas algemas, e por mais que eu fizesse força, era como se eu tivesse perdido meus poderes.

-Ela não precisa disso. -ouvi Alex dizer e abriu as algemas soltando minhas mãos.

Alex segurou minha mão e eu insisti na minha pergunta anterior.

-Que lugar é esse?

-Você está no D.O.E, Supergirl. -John falou. -Departamento de Operações Extranormais. Aqui dentro nós monitoramos tudo o que vem de fora da Terra e protegemos o planeta de invasões extraterrestres, ou seja, de você. Essa substância que penetrou sua pele e que está nas algemas é kryptonita de baixa qualidade, um mineral radioativo que veio do seu planeta e que aqui pode ser letal pra você dependendo da quantidade. Nós utilizamos apenas o suficiente pra te enfraquecer.

Enquanto o John explicava eu olhava nos olhos da Alex, minha mente inteira se recusava a acreditar que ela já sabia e vinha escondendo isso de mim.

-Você sabia disso, Alex? -perguntei.

-Eu trabalho aqui. Eu sou uma agente do D.O.E, desculpa eu ter escondido essa parte da minha vida de você.

Puxei minha mão de volta que ela segurava e tentei conter minhas lágrimas com toda minha força.

-A maior parte dos alienígenas que chegam aqui na Terra são criminosos fugitivos de outros planetas. Nosso trabalho aqui é parar eles. E também esconder ao máximo que existe vida alienígena na Terra, as pessoas podem ter medo. -John continuou.

-As pessoas não tem medo de mim. -respondi me levantando da mesa.

-É claro que tem, elas só não admitem.

John saiu da sala e eu fui atrás dele, Alex também me seguiu.

-Eu posso ajudar a deter esses alienígenas perigosos.

-Nós derrubamos você no ar, Supergirl. Não precisamos da sua ajuda. -ele disse sem me dar muita atenção.

-John, eu comecei agora, eu ainda tô aprendendo. E você pode me treinar, do mesmo jeito que você treinou a Alex durante anos.

-Que parte do "nós somos uma organização secreta" você não entendeu? Como vamos esconder do mundo a existência de alienígenas com uma mulher voando por aí?

-É-é...eu...

-Você quer ajudar, Supergirl? Volta a buscar café pra alguém no seu trabalho.

John disse de forma ríspida e foi embora me deixando com a Alex.

-Pra sua informação eu não entrego mais café, agora eu sou uma repórter! -gritei.

-Deixa isso pra lá. -Alex disse segurando meu braço.

-E você não me toca. -respondi me afastando dela pra ir embora daquele lugar.

-Eii. -ela correu atrás de mim. -Eu sei que você tá com raiva e magoada por eu ter escondido isso de você. Mas, eu juro que eu não queria ter que te esconder nada.

Chemical Hearts - SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora