-PoV Lena-
Ouvir o John me pedir desculpas foi algo que me fez voltar pra realidade rapidamente apesar da forte tontura que eu sentia.
Eu não posso culpá-los totalmente por nunca acreditarem em ninguém da minha família, inclusive em mim, mas pensando a longo prazo, eu sei que eles jamais serão pessoas com quem eu possa confiar.
Quando eu decidi ligar pra polícia pra conseguir o flagrante da minha mãe, eu me senti mais segura em pedir ajuda no departamento da Maggie, do que no departamento da minha cunhada e do John. Eu sabia que minha denúncia viria carregada de desconfianças, então eu não poderia correr esse risco.
Depois de levantar e dizer ao John que eu não queria mais qualquer vínculo que fosse com o D.O.E, Kara se aproximou de mim percebendo que eu ainda não estava bem e me ajudou a apoiar a cabeça novamente no travesseiro.
Eu realmente ainda estava bastante tonta, mas a minha raiva me fazia esquecer de qualquer coisa. Kara ficou me olhando como se tentasse decifrar meus pensamentos, mas a verdade é que eu não estava pensando em nada, eu estava cansada.
Até quando eu vou precisar ficar provando minha lealdade pra minha própria namorada? E até quando eu serei tratada como uma vilã pela família dela?
Kara pediu pra que nos deixassem a sós e eu agradeci muito por isso. Mas de qualquer forma, eu não tinha muito mais o que dizer que ela já não soubesse. Exceto uma coisa...
-Eu devolvi todos os minerais de Krypton que eu tinha, agora tá tudo com o D.O.E. Mas eu acho que você precisa saber que não foi de mim que a minha mãe roubou, eu não sei como, mas ela pegou daqui.
-Eu sei. O John achou a carga roubada naquele laboratório. Me desculpa ter insinuado que a Lillian pegou de você. E obrigada por ter entregue tudo, mas... eu acho que eu posso estar sendo egoísta, quando falei sobre ter medo da kryptonita, eu não quis dizer que era pra você entregar tudo ao D.O.E. Eu posso falar com o John se você quiser de volta.
-Não, Kara. Eu não quero mais nada que tenha saído daqui. E de qualquer forma, eu não preciso mais deles.
-Por que não? Sua mãe realmente não tá doente?
-Sim, ela tá. Mas se depender de mim, ela nunca mais chega perto de nenhum mineral de Krypton ou de qualquer outro planeta.
-Então você vai desistir de achar uma cura pra ela?
-Eu não sei. Mas se ela quiser minha ajuda, vai ter que ser da forma convencional. A melhor chance dela agora é o projeto do Jack.
Kara sorriu em apoio a minha decisão, mas no fundo ela sabia que abrir mão daquilo seria muito difícil pra mim.
-Mas por falar nela... -continuei. -Cadê a minha mãe?
-Ah... a Lillian conseguiu fugir num helicóptero. Sinto muito.
-Que droga! -reclamei sentando novamente na cama e dessa vez minha cabeça não girou tanto.
-Eu sei que eu só fiz atrapalhar o seu plano. Então me desculpa. Eu concordei em ir atrás de você porque eu sabia que havia alguma explicação e que você não tinha nada a ver com o Cadmus.
-Eu não sei se você acreditou tanto em mim quanto diz. -desabafei desviando meu olhar dela, mas Kara sentou ao meu lado e falava quase no meu ouvido.
-Lena, eu sabia que tinha alguma coisa errada. Você é a mulher que mais me apoia e que mais acredita nos meus sonhos... você é a mulher que estuda o idioma de outro planeta só pra dizer que me ama, você é a mulher que salvou a vida da minha irmã, a mulher que impediu que meus ataques de pânico se tornassem algo mais sério, você é sem dúvidas a mulher que eu amo. Eu posso não ter entendido na hora o porquê de algumas coisas, mas eu sabia que você não era culpada de nada.
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Chemical Hearts - Supercorp
Fanfiction"O amor não chega cedo nem tarde, ele é pontual. Ele sempre chega na hora certa, seja ela qual for. O amor verdadeiro não tem prazo de validade, não escolhemos senti-lo, mas sentimos sem querer". Lena Luthor é uma bilionária que está lutando para sa...