20. CatCo

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-PoV Lena-

Eu aceitei o convite da minha mãe e larguei um pouco mais cedo da L-Corp pra ir até a casa dela. Não ficava muito longe do centro e assim que cheguei ela parecia feliz em me receber, minha mãe me apresentou quase a casa inteira e eu olhava pra ela, mas não reconhecia aquela mulher, nunca tivemos esse tipo de aproximação antes.

-Aconteceu alguma coisa, Lena? Você está tão quieta, parece distante... -ela disse se aproximando de mim.

-Como você tá? Você começou algum tratamento pra sua cardiomiopatia? -perguntei ignorando seus questionamentos anteriores.

-Não exatamente, eu tô tomando alguns anticoagulantes e betabloqueadores, e meu médico tá estudando a possibilidade de uma cirurgia de revascularização, mas é como eu te disse, são paliativos. Eu preciso de um transplante ou de uma cura. Mas, eu não posso entrar na fila de espera do transplante, então só me resta esperar uma cura milagrosa, ou seja, a morte. -ela respondeu tentando não soar tão séria.

-Seu caso ainda é estável e por isso você não pode entrar pra lista, não é? -eu já sabia como essas coisas funcionavam, mas perguntei pra ter certeza.

-Exatamente. A partir do momento que eu puder entrar pra lista, também não vou ter muito tempo, então eu preciso contar com a sorte de várias maneiras diferentes.

-Entendo. A gente precisa conversar, mãe. -meu semblante era sério e terminei tirando o sorriso do rosto dela que esteve firme ali desde a hora que eu cheguei.

-Claro, filha. -minha mãe me respondeu e fomos até o seu sofá na sala.

Ela sentou de frente pra mim e aguardava ansiosa pelo o que eu tinha pra falar.

-Eu acho que achei, mãe. O que você tanto queria.

-Como assim? Me explica melhor.

Eu contei a ela sobre a minha ida à nossa mansão, sobre a descoberta dos diários do meu pai e de boa parte do que tinha escrito neles. Ela ficou imóvel por um tempo, me olhando, talvez tentando descobrir se eu realmente falava a verdade, até que um sorriso nervoso estampou em seus lábios.

-Então você achou as pesquisas antigas do seu pai? -ela perguntou ainda tentando assimilar tudo o que eu havia contado.

-Não exatamente, ele só deixou o endereço de um de seus laboratórios e disse que lá estão todos os recursos que ele usava pra os estudos que fazia. Mas, ele não deixou os avanços da pesquisa...

-Mas, podem estar lá, nesse laboratório. -minha mãe me interrompeu aparentemente muito animada com a notícia.

-É uma possibilidade. -afirmei.

-E você já foi lá?

-Ainda não, eu esperava que você pudesse ir comigo. -disse olhando em seus olhos.

-Claro, meu Deus, claro que sim. -ela respondeu na hora e me deu um abraço apertado.

De início eu não consegui retribuir aquele abraço, mas depois passei meus braços pelas suas costas retribuindo rapidamente antes de me afastar de novo.

(...)

Nós fomos até o laboratório do meu pai no endereço que ele me deixou e encontramos o que no fundo eu tinha um pouco de medo, kryptonita. Ela estava lá, em enorme quantidade e mais verde do que nunca, por um segundo me perguntei se o D.O.E sabia da existência daquele material, mas, se meu pai havia escondido, provavelmente ninguém mais sabia.

Além da kryptonita, um outro mineral estava lá em menor quantidade, chamado de Harun-El, segundo a placa de identificação. Eu não sabia exatamente o poder que aquilo tinha, não achamos mais nada além daquelas placas, mas com certeza aquilo tinha algum poder aqui na Terra, assim como a kryptonita.

Chemical Hearts - SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora