55. Não faz o menor sentido

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-PoV Kara-

Sempre que voltamos do DOE depois de qualquer treinamento, Nia vira uma cópia minha e começa a tagarelar sobre absolutamente tudo o que aprendemos. Depois de ganhar as luvas da Lena e do Brainy, ela tá tendo bastante facilidade pra conseguir equilibrar a energia que é projetada de suas mãos, ou seja, ela não para de falar nisso nem por um segundo.

Pra mim, tá sendo incrível ter a Nia ao meu lado porque eu sei que a Supergirl precisa de uma aliada como ela. Sem contar que, minha amiga não tem a pressa que eu tive pra fazer todas as coisas ao mesmo tempo, ela sabe dividir bem suas tarefas e eu também aprendo muito com ela diariamente.

Talvez Nia se empolgue mais do que o normal, mas eu adoro isso nela.

-Na próxima eu quero tentar segurar alguém com a minha energia. Como se fosse uma corda. Você acha que dá certo? -Nia perguntou olhando pras próprias mãos e depois pra mim.

-Sinceramente? Eu acho que você consegue fazer qualquer coisa, amiga. Aquela bolha que você criou hoje, foi incrível. Dá pra proteger alguém ali dentro.

-Verdade, né? -ela me encarou com os olhos brilhando e logo depois continuou o assunto. -Eu nunca imaginei que daria pra fazer aquilo. Obrigada por tá sendo tão paciente comigo, eu sei que tô enchendo o saco de todo mundo com o meu entusiasmo.

-Se eu te contar como eu fui difícil no começo, você vai retirar o que disse sobre você. Eu te garanto que você tá indo muito bem, e eu fico feliz de te ver tão confiante com os seus poderes.

Nia sorriu olhando pra mim mais uma vez e sua felicidade era tanta que chegava a ser contagiante. Eu sorri de volta pra ela, mas várias vozes falando coisas parecidas ao mesmo tempo tiraram toda a minha atenção.

-Tá acontecendo alguma coisa na CatCo. -eu disse encarando a Nia e nós duas esperamos ansiosas o elevador subir e chegar no salão.

Todo mundo a nossa frente lia alguma coisa no celular e a gente parou na primeira TV pra tentar entender o que era.

-É a Andrea Rojas! -Nia disse vidrada na notícia e eu mal conseguia ler por sentir um arrepio de medo atravessar o meu corpo.

Basicamente, a notícia dizia que Andrea Rojas tinha negócios com uma mulher procurada pela polícia chamada Caroline O'Connor, ela foi exonerada do Exército dos Estados Unidos depois de cometer uma chacina no quartel.

Pra quem estava tentando se estabelecer no mercado, aquilo poderia ser a própria ruína. Eu não queria acreditar no óbvio, mas aquilo tinha cheiro de vingança da Lena.

Um outro som chamou minha atenção por ser a voz da Andrea completamente exaltada e ela só poderia estar indo atrás da Lena.

-Nia, eu vou precisar ir até a Lena, a Andrea tá aqui no prédio e ela tá muito descontrolada.

-Você precisa de ajuda? -minha amiga perguntou preocupada, mas eu neguei e achei melhor ir sozinha.

-Não. Obrigada. Acho que eu dou conta.

-Ok. -ela disse tocando meu braço rapidamente e se afastou.

Eu continuei seguindo a voz da Andrea e ela gritava cada vez mais, as duas estavam no andar do laboratório e quando cheguei, Lena parecia tranquila com os braços cruzados e apenas encarava a Andrea que gritava descontroladamente.

-Você sabe que eu não tenho NADA a ver com os negócios do meu pai! Eu nem conheço aquela mulher! Eu faço o que eu posso, mas a empresa ainda é dele, e você sabe disso!

-Tá tudo bem por aqui? -perguntei sabendo que não tinha nada bem ali, mas eu precisava me meter e tentar amenizar as coisas.

-Pra mim tá tudo ótimo. -Lena foi a primeira a responder. -Eu só tô tentando entender porquê a Andrea tá gritando na minha cara.

Chemical Hearts - SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora