57. Primeira vez

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-PoV Kara-

Assim como em qualquer outro dia de trabalho, tive a sensação que as horas passaram voando, quando vi já eram 20h e o William estava na minha casa com um vinho branco e uma caixa de bombons.

A gente conversou um pouquinho antes da série começar e durante os quarenta minutos de episódio, vez ou outra trocamos algum comentário ou alguma informação importante, mas nada que nos atrapalhasse.

Como sempre, William foi muito educado e a gente conseguia conversar sobre qualquer assunto. Em alguns momentos ele parece ser um pouco egocêntrico por falar demais sobre ele, mas talvez, ele só não tenha com quem conversar.

-Por que sua irmã não quis vir? O episódio de hoje foi um dos melhores que eu já assisti. Ela tá trabalhando? -William perguntou.

-Minha irmã já tinha um encontro marcado hoje. Então ainda bem que ela não aceitou, porque eu espero que dê muito certo. Ela não tem tido muita sorte nesse assunto, mas dessa vez eu tô com um bom pressentimento.

-Então eu entendo sua irmã. Também não sou a pessoa mais sortuda do mundo se tratando de amor, mas, espero que ela consiga.

-Que o universo te ouça. Eu sei que vou terminar ficando ainda mais distante dela. Mas é por uma boa causa. Alex merece toda a felicidade do mundo.

-Bom, eu não sou sua irmã, mas posso pelo menos ser seu companheiro de The night of. Se você quiser, claro. -William disse gentilmente e como sempre, sendo muito cauteloso com as palavras.

-Ah, mas é claro. Você é muito bem-vindo aqui, William. -sorri.

Meu amigo retribuiu o sorriso aparentemente grato pelas palavras e continuou o assunto.

-Mas também, se você sentir muita falta de sair com sua irmã, encontros de casais parecem sempre dar certo. Vocês agora podem estar juntas por uma outra razão.

-Isso é verdade. -concordei. -Eu ainda não tinha pensado dessa forma. Alex quase nunca aceita os meus convites porque ela diz que vai ficar segurando vela, agora ela não vai ter mais essa desculpa.

-Tá vendo só?! Então vamos fazer um brinde... às mudanças!! -meu amigo propôs enchendo novamente nossas taças, e logo em seguida, brindamos.

Por mais que fosse uma conversa boba de duas pessoas que estão se conhecendo, William tinha total razão, eu não tinha que pensar que estava perdendo minha irmã. Na verdade, eu preciso cair na real de que geralmente esses meus pensamentos são só do ciúme falando. Mas isso não me faz torcer menos pela felicidade da Alex.

-Mas, e você? Sempre foi sortuda no amor? -William voltou ao assunto depois que demos mais um gole no vinho.

-Nossa, não. -respondi. -Eu tive namorados horríveis antes de conhecer a Lena... prefiro nem comentar. Mas também, agora eu acho que usei toda a minha sorte. Lena é a pessoa mais incrível por quem eu poderia me apaixonar e eu me sinto de verdade muito sortuda por tê-la ao meu lado.

-Eu nunca a vi pessoalmente, mas as pessoas parecem ter um pouco de medo dela. Sendo bem sincero, eu até pensei em cancelar hoje, eu sou muito impulsivo e não pensei direito nas coisas, mas a senhora Luthor pode não gostar dessa minha visita a sua casa.

-William, por favor. Não seja uma dessas pessoas que não falam comigo ou que evitam certos assuntos quando eu tô presente só porque eu namoro com a Lena. Primeiro, que ela não morde. E segundo, a gente sabe separar bem nosso trabalho do namoro.

-Eu imaginei, senão você não teria aceitado nada disso aqui, já que fui eu quem me ofereci pra vir. Mas de qualquer forma, eu tô chegando agora na CatCo, não quero dar nenhum passo errado ou motivos pra ser demitido.

Chemical Hearts - SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora