-PoV Lena-
Quando acordamos no outro dia, Kara estava mais animada do que nunca. Claro que não achei ruim, fui acordada com seus beijos e carinhos, e suas brincadeiras descontraídas faziam meu humor melhorar a cada segundo, mas eu sabia o porquê ela estava fazendo aquilo além do normal, ela queria livrar meus pensamentos da Andrea. Só de pensar nela meu coração saltava do peito de raiva, e com certeza Kara estava percebendo isso.
-Eu vou fazer o nosso café da manhã. Você quer algo especial? -Kara perguntou sorridente enquanto eu vestia uma roupa leve pra ir a academia.
-Hmm, você vai comprar onde?
-Eu vou fa-zer. -ela disse enfatizando a última palavra e cruzando os braços.
-Sei... então acho melhor te deixar livre pra você fazer o que sabe.
-Ei, eu sei fazer muitas coisas e minha comida é muito boa. -Kara se defendeu fingindo ter ficado ofendida.
-É claro que é, minha linda. Quem está dizendo o contrário? -dei uma piscadinha pra ela.
Me aproximei da Kara pra deixar um beijo em seus lábios antes de sair do quarto e ouvi quando ela me chamou de "cínica".
Naquele dia eu realmente malhei com a força do ódio, eu precisava colocar pra fora o que eu sentia de alguma forma e tentei descontar tudo das máquinas. Meu último exercício foi no simulador de remo, eu quase não sentia mais os braços devido ao tempo que eu já estava ali, mas eu continuava remando com tanta força, que mesmo sendo uma máquina silenciosa eu conseguia fazer barulho. Em algum momento meus músculos se recusaram a continuar trabalhando e o extensor que simula as remadas escorregou das minhas mãos e dessa vez o barulho foi tão alto que Kara apareceu na porta da minha academia no mesmo instante.
-Lena! Você tá bem? -ela perguntou preocupada.
-Estou sim, foi só o extensor que escorregou das minhas mãos.
Kara usou sua velocidade pra se aproximar de mim e quando percebi ela já estava abaixada ao meu lado com a mão no meu peito.
-Lena, sua frequência cardíaca tá mais de 200 (bpm).
-Eu tô ótima, Kara. Só preciso de um banho. -falei afastando sua mão de mim. -Daqui a pouco te encontro na cozinha.
Saí quase fugida da academia pra tomar um banho, eu não gosto quando Kara me vê ter tanto ódio assim, eu não conseguia parar de pensar na Andrea e no James e um sentimento de vingança crescia descontrolado dentro de mim. A última coisa que eu queria era que a minha namorada me visse sendo uma Luthor de verdade, mas era muito difícil não sentir todas aquelas coisas. Já se passou o tempo onde as pessoas me magoavam e eu não fazia nada. Há muito tempo que eu não abaixo mais a cabeça pra ninguém, e se os dois ou um deles estiverem brincando comigo, eu não vou deixar barato, eu vou me vingar.
Apesar do ódio que eu sentia, uma tristeza imensa também me invadia. Qual seria a motivação deles para tentarem me matar? Lembrei que sem querer eu magoei muito o James, ele gostava de mim de verdade e eu nunca retribui seu amor na mesma intensidade e ele passou anos aceitando um relacionamento superficial só pra ficar comigo. Depois que terminamos, eu pensava que tínhamos permanecido amigos, mas a cada dia eu conheço menos o James e seu envolvimento com a Andrea só aumenta minhas desconfianças.
Eu estava dentro do box tomando meu banho, ou melhor, parada embaixo do chuveiro e presa em pensamentos, tentando fortemente imaginar motivos pra ser tão perseguida desse jeito, seja por eles dois, pelo Lex, pela minha mãe ou por qualquer outra pessoa. Tudo o que eu tento é fazer a coisa certa pelas pessoas, mas o que eu recebo em troca, é justamente o oposto.
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Chemical Hearts - Supercorp
Fanfiction"O amor não chega cedo nem tarde, ele é pontual. Ele sempre chega na hora certa, seja ela qual for. O amor verdadeiro não tem prazo de validade, não escolhemos senti-lo, mas sentimos sem querer". Lena Luthor é uma bilionária que está lutando para sa...