43. Eu sou uma Luthor

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-PoV Lena-

No exato momento em que cheguei na fábrica de armas que mantinha em sigilo um dos laboratórios do meu pai, vi minha mãe acompanhada de mais dois capangas caminhar em minha direção com um sorriso cínico nos lábios. Um dos homens eu até já conhecia, ele era segurança particular da família há anos, mas o outro, era uma espécie de ciborgue ou talvez um alienígena. Não consegui identificar de primeira.

Minha mãe com certeza recebeu o comunicado da minha ligação e foi me receber na entrada do prédio pra que eu não entrasse no laboratório.

Tanto ela quanto seus capangas, encararam a maleta que eu segurava em uma das mãos, mas não fizeram nenhuma pergunta. Porém, assim que ficamos uma de frente pra outra, ela fez questão de dar início ao diálogo.

-Olha só você vindo me visitar. Acho até que já podemos dizer que temos uma verdadeira relação de mãe e filha.

Apesar de soar descontraída, eu odiava aquele tipo de comentário vindo dela, então não dei espaço pra o seu sarcasmo e fui direto ao ponto.

-O Metallo... foi você quem criou. Por isso que você estava tentando invadir o meu laboratório. Você queria a minha kryptonita. Você comanda o Cadmus.

Depois de despejar todas as informações que eu já sabia, o sorriso dela se tornou algo mais sombrio e ela nem se deu ao trabalho de negar nada. Seus olhos tinham um certo desdém, como se eu fosse a ingênua ali, mas me mantive séria e não desviei meu olhar do seu nem por um segundo.

-Então essa é a parte que você me dá um sermão? Igual fazia com o Lex? Porque se for, eu posso adiantar que roubar kryptonita do D.O.E foi muito mais fácil que tirar do seu laboratório. Você é boa. -minha mãe dizia assumindo mais um de seus crimes. 

-Eu não vim aqui pra distribuir sermão. -respondi secamente e ela estreitou seus olhos pra mim.

-Não?

-Não, mãe. Na verdade eu tive um sonho com você há um tempo atrás, que me deixou bastante reflexiva. Eu sou uma Luthor. Eu não tenho como fugir do meu passado e nem muito menos do meu presente. Se você comete um crime, eu viro o alvo mais fácil. Não tem como desvincular nenhum de nós, eu gostando ou não, nós somos uma família. Nunca vai importar o tanto de coisas boas que eu faça, eu nunca vou receber uma segunda chance por ser uma Luthor, mas você... vai ser sempre a minha mãe.

-E o que você quer dizer exatamente com isso? -ela perguntou com curiosidade.

-Eu quero dizer que você não precisa ficar mentindo pra mim pra tentar ter o que precisa. Você só precisa pedir.

-Só isso? É tão fácil assim?

-Sim. É muito fácil. -confirmei

Era óbvio que minha mãe não confiaria em mim com míseras palavras e eu já sabia disso. Ela iria me testar até o último segundo e eu estava totalmente pronta.

-Eu nunca achei que você se juntaria a mim nesse projeto. -ela disse parecendo certa do que falava, mas eu estava disposta a fazê-la me ver de forma diferente.  

-Então eu acho que já passou da hora de você conhecer sua filha melhor. -respondi.

-Eu te conheço muito bem, Lena. E sabe um fato interessante? Saiu hoje a determinação do juiz sobre o caso da Andrea. E adivinha só? Ela foi inocentada por falta de provas e eu sei que você foi a responsável por isso.

-Talvez... mas você também mentiu pra mim sobre a sua doença.

-Eu não menti pra você, eu realmente estou doente. Por isso voltei com o projeto Cadmus. -minha mãe respondeu tranquila como se fosse a coisa mais simples do mundo e como se ela não viesse matando pessoas no processo.

Chemical Hearts - SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora