Tudo que eu preciso nessa vida de pecado é eu e meu namorado

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Tinha tantas coisas para comemorar, como a felicidade da Ashley e do Lakeith por essa gravidez estar cada dia mais segura. Eu não conseguia enxergar o meu aniversário como uma grande comemoração, mas os planos do Michael faziam me dar um friozinho na barriga. Na verdade, eu não pensei que ficaria ansiosa por essa data, iria ser o meu primeiro aniversário sem a minha mãe presente e não parecia ter um grande sentido. Mesmo assim estava eu aqui, ansiosa. Estava sentada e largada no sofá na sala de estar, esperando o Michael sair do seu escritório. Faltava pouco para anoitecer, chegaríamos em Las Vegas em menos de 4 horas no seu voo particular. Estava vestindo um jeans preto apertado, calçando o meu coturno de sempre, uma blusa também escura por baixo da minha jaqueta de couro e tentando disfarçar um pouco mais a minha cara.

Desbloqueio o meu celular pela segunda vez, até mesmo me familiarizando com o aparelho novo, não que tinha muita diferença, mas o meu antigo foi um guerreiro por durar tanto, olhei algumas fotos nas redes sociais e principalmente aquelas que me enviaram em privado. Ashley absurdamente feliz e em paz, nunca pensei que esse momento na gravidez chegaria tão rápido e estranhamente ela estava me ignorando. As fotos da Melanie na Espanha, o seu novo escritório no jornal local e o apartamento incrível que ela conseguiu alugar logo de cara. Zendaya e Hunter postando idiotices românticas no meio dos estudos em Boston. Ariana atualizando suas fotos provocantes e outras aleatórias no Spitz. Brandon sem mais notícias, só sumiu do mapa novamente. É, muita coisa mudou para todos nós.

- Vamos? - Escutei a voz do Michael e bloqueio a tela do meu celular, ergo o olhar e ele está próximo dos degraus para o hall de entrada, segurando uma das suas bolsas de treino. Ele já tinha descido a minha pequena mala e a sua.

Balancei a cabeça assentindo e me levantei, guardei meu celular no bolso de dentro da minha jaqueta e caminhei até ele. Michael apagou alguma das luzes e deixando o código de segurança da cobertura, fomos até o elevador e descemos até o seu estacionamento. Mordi o lábio inferior tão forte que acabei machucando a minha boca, de olhou pra mim e franziu o cenho, ele passou a semana inteira achando graça da minha agonia misturada com ansiedade.

- Posso ir dirigindo? - Perguntei assim que as portas do elevador se abriram novamente e Michael bufou.

- Não. - Ele respondeu, não me surpreendeu.

- Por que? Eu tô indo bem no volante, mas preciso me acostumar mais. - Insisti e ele balançou a negando, tirou as chaves do bolso do seu jeans e apertou o botão, as luzes da sua Range Rover Velar branca piscaram e as portas destravaram.

- E não vai ser com um dos meus carros que você vai ser acostumar, ou treinar para a destruição. - Ele até tentou não ser ríspido, mas não conseguiu. Revirei os olhos e fomos até o carro.

Cruzei os braços, ele abriu o porta-malas e guardou a sua bolsa, entrei no banco do passageiro e bati a porta, com uma força desnecessária. Michael entrou no carro em seguida e me encarou seriamente, desviei o olhar e ele respirou fundo, ligou o carro e saiu do seu prédio. Puxei o cinto de segurança assim que ele não se importou com a velocidade, fiquei com os olhos presos na noite caindo em Los Angeles e ainda me questionando, como é possível vivenciar tanta coisa ao mesmo tempo. Eu nunca imaginei algo assim, nem em sonhos. Pessoas como eu, não se permitiam sonhar demais.

- Então, vai ser só nós dois mesmo? - Questionei baixinho assim que o Michael já estava chegando na sua própria área reservada e clandestina de voo.

- Sim. - Ele respondeu e eu mordi meu lábio novamente. - Tá com medo?

- Tem certeza que o Daniel não está escondido no porta-malas? Ou se já está no banheiro do seu jatinho?! - Questionei e ele balançou a cabeça negando ao sorrir.

Crazy In Love IIOnde histórias criam vida. Descubra agora