Crazy In Love II

Estou fazendo o melhor que posso

- Quantos pés você acha que o seu bebê vai ter? Você vai dar à luz a uma criança, Ashley. Não vai parir uma centopeia. - Zendaya disse assim que a Ashley pegava mais duas caixas de tênis, mais dois pares de Dunk.

- O meu filho vai ter estilo, Zendaya. Eu não consigo escolher somente uma cor, ou só alguns tênis. Eles são tão lindos! Já até imagino, vai ficar um arraso com as camisetinhas que eu já comprei e com os bodies novos. Isso não é mesmo tão lindinho e fofo?! - Ashley resmungou ao respirar fundo, mas quem suspirou cansada fui eu. - Bem que poderíamos ir mais rápido, se a Normani se livrasse desse moletom largo dela e mostrasse que tem duas grávidas nessas filas.

- O garoto vai sair da maternidade direto para as passarelas, ele que lute com tanto close com essa mãe maluca. - Zendaya resmungou pra mim, mas Ashley ergueu o dedo do meio ao seguir na fila do último caixa da milésima loja da Nike.

Na verdade, já passamos e entramos em outras inúmeras lojas. A Ashley estava finalizando o enxoval do seu bebê, chegou na sua parte favorita de se encher de mimo. Fomos em tantas lojas que meu cérebro não acompanhava mais, desde as mais básicas e essenciais de cuidados necessários para um bebê, até todas as outras lojas caras. Cada roupinha, par de tênis, ou qualquer acessório fazia a Ashley pirar. As coisas realmente eram lindas, mas eu já estava ficando cansada. A Zendaya estava na cidade, conseguiu o final de semana fora dos seus estudos em Boston para nos visitar aqui em Los Angeles, ela ainda não acreditava na nossa situação atual, mas também me fez comprar algumas coisas para o meu próprio bebê, coisinhas neutras. Ashley me fez comprar dois pares de tênis também, queria futuramente ter looks combinando.

- Se a Ashley fosse mais calma como você, só indo nesses bodies brancos, macacões maneiros e conjuntinhos fofos, com alguns desses mini tênis estilosos... Já teríamos terminado essas compras. - Zendaya murmurou andando ao meu lado para o lado de fora da loja, indo em direção de um dos bancos no shopping. - O seu lance tem sido bem mais prático mesmo, você não tá nessa de fazer mistério com o sexo do bebê por preguiça não, né?

- Olhando para a Ashley, com certeza me dá uma leve preguiça de pensar no trabalho que ela deposita em tantos detalhes assim, mas é a Ashley, Zendaya. Ela não perderia a oportunidade de entrar na maternidade causando! - Murmurei de volta e Zendaya acabou rindo junto comigo ao concordar, nos sentamos e olhei para as minhas sacolas de compras. - Tem sido bem mais leve pra mim dessa maneira, um passo de cada vez e sem me precipitar.

- Vocês não combinaram mesmo, né? - Ela questionou ao erguer a sobrancelha, me encarnando mais séria e eu revirei os olhos, o que fez ela sorrir mais. - Vocês duas estão grávidas e Ashley tá quase vivendo uma vida de casada também, vai fazer ainda dois anos que eu deixei a cidade e vocês viraram tudo de cabeça para baixo.

- Tem certas coisas que eu, com toda certeza, não combinaria com a Ashley. - Respondi baixinho encostando minha cabeça no ombro da Zendaya e a mesma riu novamente. - Pense pelo lado positivo, estamos amadurecendo de jeitos diferentes. São nossas escolhas que nos trouxeram até aqui.

- Prontinho! Terminei! - Escutamos a voz da Ashley, ela se aproximava não só com mais duas sacolas, apareceu carregando mais quatro sacolas e eu suspirei junto com a Zendaya. Amadurecimento não era ainda a palavra certa, aposto que a Zendaya pensou a mesma coisa antes da Ashley continuar. - Eu tô pensando em passar no Spitz e beber alguma coisa com a Ariana, eu tô querendo mostrar algumas fotos pra ela e vai ser melhor pessoalmente, ela vai adorar as minhas compras.

- Você não pode beber. - Zendaya disse ao franzir o cenho e Ashley bufou, revirando os olhos.

- Eu ando fingindo que tô virando vodka com qualquer copo de água, além do mais sinto tanta falta do álcool que tô amando aparecer em alguns bares só para sentir o cheiro. - Ashley respondeu dando de ombros ao colocar as suas novas sacolas no chão e precisou recuperar o fôlego ao colocar as mãos na cintura, já parecia que ela tinha engolido uma melancia. Uma melancia pequena, mas ainda uma melancia. - Só de pensar que hoje poderia ser um sábado incrível, que eu poderia estar rebolando na mesa de um bar e me esfregando por aí, com alguma garrafa debaixo do braço. Fumando a minha erva... - Ela fez um beicinho, realmente com cara de choro. - Aí meu Deus, eu não posso me aposentar. Eu não posso.