Para um verdadeiro início sempre precisaremos nos encontrarmos em terras desconhecidas, pois é o único jeito de sairmos de nosso conforto e seguirmos uma nova jornada.
◇◆◇◆◇◆◇◆◇
Após os últimos acontecimentos, despertando em meio a uma floresta desconhecida e deitado sobre um estranho altar, o garoto de cabelos vermelhos se levantou confuso e desceu do altar.
- O que era aquele local? E o que aquela voz queria dizer com aquilo...? - O garoto se questionava, lembrando do que havia acabado de acontecer, enquanto olhava seu redor.
Ayato estava com os pensamentos embaralhados e a mente confusa, mas ainda conseguia lembrar com exatidão o que havia acontecido, e por isso mesmo se assustava com o lugar que estava e com o que aquela voz queria dizer.
Depois dele analisar seu redor o garoto concluia que estava em uma floresta que nunca antes esteve, de árvores enormes de folhagem amarelada e mata verde baixa, cheia de flores e folhas douradas. Tudo isso lhe chamava a atenção, mas nada com que ele estranhasse totalmente. A única coisa que o estranhava era aonde havia acordado.
Descendo do altar feito de pedras pretas com pontos brancos, parecendo um pedaço do próprio espaço, o garoto se afastava e notava que o altar tinha por volta de 1 metro de altura e um formato circular de mais ou menos 1 metro e 70 centímetros. Na parte de cima dele havia uma espécie de desenho enigmático, semelhante a runas e letras de histórias fictícias do mundo dele. Além disso, o garoto podia perceber, a volta do altar, diversos destroços no chão, parecendo ser ruinas de algo que havia lá há muitas eras atrás.- Coisa bizarra da porra, parece um lugar para sacrifícios... - Comentava Ayato se afastando daquele local.
"Ok, eu vim parar em um lugar bizarro depois de atravessar uma fenda. Será que estou em outra parte do mundo? Há várias possibilidades que podem ter ocorrido e vários lugares que eu possa ter parado, então não adiante teorizar nada sem antes ter mais informações. A prioridade é adquirir informações e encontrar o Hiro." Pensava o garoto, enquanto andava lentamente pela floresta tentando não surtar ou perder o foco do porquê estava ali.
Após um longo tempo andando Ayato tenta pegar seu celular, mas se depara com seu bolso vazio, fazendo-o lembrar que havia o derrubado um pouco antes de ir parar lá.- QUE MERDA!
Percebendo que estava perdendo a cabeça, ele bate em sua própria testa com o punho para se acalmar e cair na real. Ele estava lá por escolha própria, não poderia ficar se lamentando.
- Não posso me arrepender agora. - Sussurava ele olhando para o céu nublado acima das grandes árvores de folhagem dourada que quase o ofuscaram completamente.
Com isso o mesmo passara a procurar um lugar alto aonde poderia olhar melhor o que havia ao redor da região aonde estava. Sabendo que estava ao pé de um pequeno monte, o mesmo parte em direção ao topo o quanto antes.
No meio do caminho, Ayato era surpreendido por uma dor agonizante na parte de cima de sua mão direita. Ao sentir essa dor o mesmo rapidamente olhava para sua mão e via dois pequenos furos, da onde escorria algumas gotas de sangue.- Não me morde planta filha da... - Ao cair da ficha do garoto, o mesmo percebia a bizarrice que o ocorrera. - Espera aí... Uma planta me mordeu?!
"Perai, plantas mordem? Ou melhor, rosas mordem agora?" Pensava Ayato analisando a planta semelhante a uma rosa que tinha por volta de 1 metro de altura, caule vermelho e duas pequenas presas pretas.
Apesar da estranheza inicial, o garoto logo fechou o rosto, tapou a ferida com a mão e seguiu a subida do monte ignorando o fato, achando que era normal e apenas ele não sabia.
Irritado com sua má sorte ele apressada seu passo, e quanto mais subia o monte mais o céu ficava nítido, ao ponto de um momento ficar muito perceptível que nos céus, mesmo nublados, haviam dois pontos brilhantes, um ao sul e outro ao leste, como se houvesse dois sóis.
Uma hora de caminhada de passava e ele finalmente alcançava o topo do monte, aonde olhava seu redor e percebia que realmente estava em um lugar completamente desconhecido para ele, e provavelmente muito longe de qualquer cidade. Tudo a onde seus olhos alcançavam eram florestas ou montanhas e quanto mais longe tentava ver, apenas via terrenos completamente nublados com sombras se movendo.
No entanto, com seus olhos afiados, Ayato via no horizonte um pequeno lago.
"Um lago, é? Perfeito para ficar, ainda mais que já está para anoitecer."
O garoto tinha alguna noção de sobrevivência na floresta por conta que, quando criança, saia muito com seus pais para acampar.
Ayato então começava a descer o monte em direção ao lago, entretanto diferente da subida tranquila, na descida ele viu no caminho diversos animais grotescos como uma espécie de cervo bípede ou um lobo de mais de dois metros. Isso o assustava ainda mais que a mordida que a flor e só confirmava algumas suspeitas que o garoto de cabelos vermelhos tinha sobre o local.
Finalmente chegando no lago visto pelo próprio, após horas de caminhada, Ayato esgotado pensava: "Ah, que sede...Finalmente cheguei."
Depois de ter esse pensamento, o garoto ia até o lago de coloração azul claro, quase branco, se abaixava e pegava a água com as duas mãos juntas, em forma de concha. Ao tomar aquela água ele sentia um gosto doce, tão doce que era repulsivo ao ponto de fazer o mesmo guspir tudo de volta ao lago.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Antes Da Era Das Trevas
FantasyA história que narra todos os acontecimentos que precedem o início da era das trevas, acompanhando um jovem garoto chamado Ayato, que enquanto investigava o desaparecimento de seus amigos é levado para outro mundo, e lá se vê forçado a entrar em uma...