Antes Da Era Das Trevas

Cemitério elfico. Parte 3. Capítulo 8.

Após algum tempo de caminhada na floresta iluminada pela luz azulada de duas luas, Ayato e seu grupo finalmente chegam ao lugar aonde continha a passagem secreta dita por Evelyn. O cemitério dos elfos.

Ao chegarem neste local, eles se deparam com um gigantesco campo de grama morta e com um número exorbitante de lápides. Era uma quantidade tão absurda que preenchia o horizonte a frente deles. Não importava aonde eles olhassem, haveria mais e mais lápides, algumas inteiras, outras destruídas, mas estavam lá.

— Minha nossa... — Diz Ayato perplexo.

— Esse era um cemitério bem antigo e pequeno, porém, depois do massacre dos elfos, ficou desse tamanho... — Explica Evelyn, triste, olhando com remorso ao túmulos.

Zeke então se intrometia na conversa dizendo:

— Não foram só esses... Esses foram os que morreram em batalha, mas há muito mais que morreram por consequências dela.

"Isso explica o estado deplorável que o reino está..." Conclui Ayato, observando as muralhas em pedaços de longe.

Evelyn, muito antes de eles partirem para essa missão, tinha contado para Ayato sobre o massacre dos elfos. Que tinha sido uma revolta por parte de facções elfícas, não relacionadas ao reino em si, contra o império dos anjos, que dominavam boa parta do continente dos elfíco. Iniciando uma pequena "guerra" contra os anjos. Guerra entre aspas, pois as facções foram facilmente aniquilado e, como retaliação por o reino dos elfos ter permitido tal ato do seu próprio povo, os anjos atacaram o reino com força máxima, o obliterando quase que totalmente...
  Evelyn disse para Ayato que o reino só não foi destruído completamente, pois os anjos não iriam ganhar nada se destruírem tudo, só perderiam, já que se acabassem com o reino, eles iriam perder a sua parte do contrato de rendição da guerra dos 6 reinos, que lhe garantiam parte dos ganhos de "Ropita", uma espécie de mineral que existia no centro do continente elfíco, que servia para fabricar os cristais mágicos. Então, eles levaram toda aquele massacre como uma espécie de aviso, para que os elfos não tentassem os desafiarem novamente.

Ayato lembrava de tudo isso em arando aquele número interminável de túmulos e ficava boquiaberto, para ele o massacre havia tido inúmeras mortes, mas aquilo era muito mais do que ele esperava.

— Então essas são as consequências de ir contra Zagreus e seus anjos...

Realmente, se só nós fôssemos contra os anjos, seríamos completamente aniquilados... — Comentava Ed, abismado.

A ingenuidade dos anões era percebida por Ed. Aquilo não era normal. "O que faz os anjos serem tão distantes de nós? O que faz eles serem tão fortes?" Ed se perguntava, sem ter uma resposta.

— Tá, deu de papo furado, nunca viram um túmulo na vida? — Dizia Evelyn, enquanto procurava algo entre as lápides.

Neste momento, de trás de todos eles, surgia um ser...

— Gente, vocês me deixaram para trás... Bando de vagabundo, nem para me ajudar a levar ela.

O ser era Mizumi, que estava ofegante.