A bastarda. Parte 5. Capítulo 19.

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Em meio aos últimos acontecimentos, Evelyn, com a sua mente inundada por lembranças de seu passado, afia o olhar para Len e pensa:

— Nada disso deveria ter acontecido...

As memórias que inundavam sua mente, eram de um passado distante, aonde, por sua interpretação, tudo começou.
Essas memórias iniciavam em um quarto extremamente luxuoso. Aonde nesse mesmo quarto havia uma cama muito semelhantes a de princesas em livros; uma escrivaninha de madeira escura, que ficava ao lado da cama, que sobre a mesma tinha uma pequena pedra que emitia uma luz esverdeada.
O restante daquele quarto luxuoso era deverás vazio, já que, além de uma mesa localizada aí canto direito do quarto, que sobre ela tinha alguns papéis e penas com tintas, o restante do quarto era vazio e escuro. A escuridão do quarto se dava por causa  que estava de noite e, além da luz natural que vinha das duas luas sobre o céu que passavam pela grande janela no canto esquerdo do quarto, a outra fonte de luz era apenas aquela pequena pedra que emitia luz esverdeada. Uma luz fraca, que só servia para enxergar o que estava sobre a escrivaninha, um pouco do chão e da cama.
  Evelyn, nesta memória, estava deitada na cama, com uma roupa simples, sendo ela, uma camisola bege e uma saia preta.
Ela parecia extremamente jovem nesta memória, por volta dos doze ou treze anos. Seu típico cabelo curto lambido para trás com uma mecha vermelha não existia. Evelyn tinha um cabelo extremamente longo e avermelhado.
Ela, que ainda estava deitada na cama, aparentemente dormindo, acorda Derepente assustada, como se tivesse acabado de ter um pesadelo. A expressão de terror em sua face se manteve até ela se sentar na cama e botar sua mão em seu rosto, assim se acalmando.

— Arg... Sempre este sonho... — Murmurava Evelyn enquanto se levanta e coça a cabeça indignada.

Após isso ela calmamente anda até a janela de seu quarto e, quando chega lá, logo olha Bara baixo através dela e,  como de costume, apenas vê dois guardas parados em frente a um grande portão, feito do que parecia ferro.
Após isso, um pouco desanimada, ela volta até a cama e se deita novamente, olhando para o teto.

— Eu não vou conseguir dormir desse jeito.

Evelyn não sentia a menor faísca de sono, e por causa disso estava no mais puro tédio.
Assim então Evelyn fica lá, deitada olhando para o teto, por dez, vinte, trinta minutos e nada do sono vir. Mas em meio todo esse tédio, algo faz Evelyn ficar extremamente curiosa... Ela começa a escutar vozes discutindo alguma coisa.
Movida pela curiosidade e tédio, ela pula da cama e sai de fininho de seu quarto a procura da origem das vozes.
Ao sair do quarto ela logo se vê em um corredor gigantesco, que se expandia tanto pela direita, quanto pela esquerda. Mesmo sendo algo que assustaria qualquer um, Evelyn não achava algo anormal, já que ela passava por esses infinitos corredores todos os dias.
Então Evelyn logo começa a andar pelos infinitos corredores em direção a origem das vozes, que pareciam estar discutindo, já q ué quanto mais ela se aproximava das vozes, mais altas elas ficavam.
No meio do caminho até lá ela acaba se esbarrando em uma jovem garota, de aproximadamente dezesseis anos, saindo de uma quarto tão luxuoso quanto o de Evelyn. Mesmo esbarrando nela, e não vendo seu rosto, Evelyn já percebia quem era... Aquela garota era Len.

— Len? — Perguntava Evelyn impressionada.

— Aí, merda... — Len então se levantava, colocava o dedo indicador em frente a boca e continuava. — Shiu, fica quieta, eu quero escutar a treta, pelo visto o pai e a mãe estão brigando.

Len nesta memória tinha cabelos longos negros, olhos avermelhados e dupla íris em seu olho esquerdo e olhar afiado. Seu ar nessa época era muito mais inofensivo e inocente.
Assim então Len, que vestia uma toca preta, uma blusa preta e uma calça cinza, segure Evelyn rumo a origem das vozes, que Evelyn acabara de descobrir ser uma discussão entre seus pais.
Ao chegarem no quarto de seus pais , ambas sentam ao lado da porta e começam a escutar a discussão.
O que as duas escutaram foi:

Antes Da Era Das TrevasOnde histórias criam vida. Descubra agora