Dois grupos. Parte 3. Capítulo 10.

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Após alguns minutos andando pelos túneis, Ayato e seu grupo se deparam de frente um grande salão, muito semelhante a uma igreja. Com grandes pilares segurando o teto, cristais luminosos em roxo iluminando o local, longos bancos feitos de madeira por todo o salão virados de frente a um grande altar. Altar que havia uma pintura de um elfo com uma coroa brilhante atrás e, no centro do salão, havia uma pintura vermelha em espiral que separava os longos bancos.
" Uma igreja subterrânea...?" Se questionava Ayato, observando o local, detalhe por detalhe, assim notando que o material das paredes e do chão, era diferente do encontrado por todo o caminho que fizeram até lá.

- Aff, finalmente espaço... - Comenta Evelyn, enquanto se alonga. - ué, que estranho... Aqui é até bem iluminado, por que botaram cristais luminosos aqui?

- Acho que a pergunta certa é o porquê há uma igreja aqui... Se fosse pelas luzes, apostaria que era por conta dos "brinquedinhos" da Len. - Comenta Ayato, com um olhar sério. - Mas por que uma igreja...?

À essa pergunta, Mizumi teoriza:

- Talvez queriam louvar um deus antigo?

- Duvido, todo esse local tem uma arquitetura muito recente. Levando em consideração que Len usa esse local para seus experimentos desde que voltou para o reino, não duvidaria que a mesma tivesse mexido nos túneis para criar um lugar assim. Mas por que uma igreja? Quem é esse elfo sendo louvado?

Evelyn vendo a divagação de Ayato, diz:

- O ser na pintura é o primeiro elfo. Segundo as histórias, todas as raças foram criadas pelas entidades em forma de um casal, menos os elfos. Existe uma lenda antiga que diz que o primeiro elfo venho sem uma parceira e teve que dar seguimento a sua linhagem a partir de sua mana quase ilimitada, criando uma filha feita somente de mana e procriou com ela.

- Você quer dizer que os elfos são, além de cria de incesto, feitos de sangue de mana? Perai, não tô entendendo isso?

- Basicamente, se muita mana se acumula em um só ponto, ela pode se tornar algo consciente, como uma alma, e adentrar em cascas vazias, como um ser morto.

- Além de tudo isso, necrofilia também... Que antepassado, hein... Quem louvaria alguém assim? - Questionava Ayato, horrorizado com a história contada.

Evelyn então suspirava e olhava para a pintura na parede enquanto dizia:

- Minha irmã tinha um interesse mórbido em relação a está história, não duvidaria que ela tenha encontrado mais amantes desta história e criado um lugar para louva-lo.

Evelyn não parecia enojada com tudo isso, era como algo normal. Ayato se surpreendia com isso, mas entendia que era algo como um santo pra eles. Alguém que deu seguimento a linhagem e permitiu com que eles pudessem estar vivo agora, mesmo com suas adversidades.

- Entendo... Que bizarro.

- Caralho, você tem uma irmã bem doida. - Falava Mizumi, escutando toda essa conversa.

- Doida é pouco pra ela...

Após está breve conversa, Ed, que estava em completo alerta, avisa:

- Senhores, rogo que tenham cuidado, aqui é um ótimo lugar para uma emboscada.

- Atenção as costas, não queremos outra surpresa como antes. - Comenta Ayato.

- Sim.

Assim, eles começam a seguir em frente, juntos, e conseguem ver de longe uma grande porta de madeira entreaberta do outro lado da igreja. Porta no qual parecia ser a única saída daquele local, além da entrada na qual eles vieram.
Vendo que estava tudo fácil de mais, Ayato comenta:

Antes Da Era Das TrevasOnde histórias criam vida. Descubra agora