Um suave adeus. Parte 6. Capítulo 8.

5 2 0
                                    

Após os últimos acontecimentos, Ayato, ao encontrar Sakumi no meio da rua e ser confortado pela mesma, fala:

— Ah... Então você está bem, que bom... Que bom...

Ele estava claramente aliviado ao vê-la bem, seus olhos, tom e expressão, deixavam isso bem claro.

— Acho que você deveria cuidar mais de si mesmo, do que focar se preocupando com os outros. Você tá só o pó, garoto. — Diz ela oferecendo a mão dela para levanta-lo.

Ayato então pega a mão dela e se levanta.

— Pelo visto você acordou a pouco, o Zeke já te contou sobre tudo?

— Ele resumiu. — Respondeu Ayato.

— Aff... Pelo broche, ele pelo menos te contou sobre os conselheiros.

— Sim, ele também contou que você tinha algo relacionado a Evelyn para me entregar...

— Hm.... Vamos a cabana, lá eu te entrego. — Diz ela enquanto segue pelas ruas.

— Ok. — Consente ele, enquanto a segue.

No caminho, vendo um grupo de pessoas armadas com bastões e outras armas não letais, Sakumi, receosa, Sussura:

— Poderia esconder seu broche?

— Por quê?

Ela se vira para ele com um olhar sério e fala:

— Aquele idiota não explicou?!

— Não... Qual o problema do broche? — Pergunta Ayato enquanto tira o broche do seu peito.

— Eu vou dar um socão naquele trouxa... Tá, foda-se, deixa que eu explico! Basicamente, depois do torneio e todo o lance com o Zagreus, diversos elfos foram contra a coroação do Zeke, principalmente os nobres, já que ele era um plebeu que surgiu do nada e que apoia uma guerra sem sentido.

— E o que isso tem haver com o broche?

— Tudo! No início eram poucas pessoas, um número quase insignificante, mas, com o tempo, estão virando grupos grandes, que estão começando a protestar... Temo que, com o tempo, esses protestos se tornem atos rebeldes ou, até mesmo, atos terroristas contra o reinado. Então, para o seu bem, até as coisas se acalmarem, recomendo não sair com o broche de conselheiro e sequer sair muito do castelo.

— Que merda.

— Eu sei  muito sobre esse tipo de coisa, você sabe, então pode confiar em mim. Além disso... Somos amigos.

— Nem precisava falar, eu confio em você... Você é uma pessoa boa. — Afirma Ayato forçando um sorriso.

Sakumi, neste momento, tenta perguntar para ele o porquê ele estava caído mais cedo, mas, ao lembrar das recentes tragédias, ela desiste.  Após isso, eles seguem caminhando até a cabana.
Ao chegarem em frente a cabana, logo a adentram. A cabana continuava a mesma de sempre, sem muitas diferenças, além de parecer mais vazia.

— Me disseram que a Mizumi tá aqui, ela tá? — Pergunta Ayato.

— Ela tava, mas desde ontem, não vi ela mais... Ela estava bem mal, tô até preocupada.

— Quer que eu procure por ela?

— Não, por hoje não, ela precisa de um tempo pra ela. Você deve entender.

— É... Mas se ela não voltar até amanhã, vou atrás dela.

Ayato não gostava da ideia de deixar ela sozinha por aí, ainda mais em tempos de guerra e com um grupo de protestantes que podem fazer algum mal a eles. No entanto, concordava com a Sakumi de deixar ela ter um pouco de tempo para ela.
Após está pequena conversa, Sakumi abre uma gaveta do balcão, que ficava de costas para as bebidas, e tira de lá uma carta branca, um pouco amassada, e fala:

Antes Da Era Das TrevasOnde histórias criam vida. Descubra agora