Discursos para um futuro melhor. Parte 5. Capítulo 21.

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Após os últimos acontecimentos Evelyn, que estava caminhando até Ayato e os outros, começa a lentamente cair no chão. Evelyn além de estar completamente ferida e esgotada, estava sem quase toda mana. Ela estava realmente entre a vida e a morte.
Assim, antes que ela caísse no chão, Ayato segura ela abraçando-a.
Ayato, logo após os portões se abrirem, havia corrido na direção de Evelyn, mesmo completamente ferido.
Evelyn, após ser segurada por ele, solta um sorriso feliz e logo, com um tom cansado e brincalhão, diz:

- Aí, aí, cuidado... Você está realmente mais musculoso... Rsrsrsrs...

Ela então espera a resposta dele, porém não a recebe.

- Nossa, nem para dar um parabéns, ou Mesmo gritar comigo... Eu... Eu quase morri, viu...?

Após isto Ayato, calmamente, a coloca no chão e a encara em silêncio. Ao ver isso que ela percebe que...

- Ah... Esqueci que você tá com a boca toda machucada. Deve ser doloroso falar, desculpa. - Diz Evelyn enquanto vê as faixas na boca de Ayato.

Mesmo com as faixas tapando a boca de Ayato e a dor impedindo-o de falar, dava para perceber no olhar de Ayato o alívio extremo ao vê-la viva.

- Você parece bem para uma pessoa que quase morreu. - Chega Zeke falando com um sorriso aliviado.

- É... Não diria que eu tô 100%... Rsrsrs.

- Dá para calar a boca? Olha só as suas feridas, você pode morrer a qualquer momento, caramba... - Diz Mizumi enquanto tira de sua bolsa o restinho do rolo de gaze que tinha lá e um frasco de cura-cura.

- É, a doutora está certa.

Naquele momento, mesmo após as mortes e desespero daquele torneio, todos estavam com olhares mais calmos e aliviados. O fim do torneio deu uma esperança a eles, uma esperança de um futuro melhor, uma esperança de não fazer com que as mortes de seus companheiros tenham sido em vão. Eles estavam feridos, não só fisicamente mas mentalmente, e aquele escape, aquelas piadinhas idiotas e sorrisos aliviados, é o que os fazia seguir em frente. Eles não estavam esquecendo ou ignorando seus passados e sim os levando em suas costas, mas não como um peso e sim como uma motivação.
Ayato via aquela cena e seu semblante se alivia e se esclarecia em felicidade. E enquanto os via, Ayato pensava: "Nossa promessa foi quebrada, muitos morreram, mas isso já era sabido por todos nós. Porém, a morte deles resultou a missão finalmente sendo cumprida, e nós, os vivos que continuarão seguindo em frente, possamos ter um momento de descanso e felicidade, mesmo que por alguns momentos."
Assim então Mizumi começa o processo de tratamento das feridas de Evelyn. Ela começa pela ferida mais grave, a do rosto. Ela com suas mãos cria um pouco de água e derrama na ferida, enquanto passa a sua mão para limpa-la. Ela implorava para que isso funcionasse, já que ela não tinha em posse nenhum pano ou lenço limpo. Após terminar de limpar, ela passa o cura-cura e enfaixa o rosto dela.
Após terminar ela, com os olhos afiados, fala:

- Pronto... Porra, tá igual eu...

- Rsrsrsrs... - Apenas ri ela.

Ao escutar o riso dela Mizumi rasga a calça de Evelyn e repete o processo só que sem a gaze, já que havia acabado.
Ao término do tratamento, com a ajuda de Ayato, ela se levanta.
Ao ver ela se levantando e ainda com um sorriso e um semblante calmo, Mizumi, confusa, pergunta:

- Está tudo bem com você? Tipo... Você acabou de matar sua irmã...

Ao escutar isso Evelyn se vira com um olhar melancólico e diz:

- A Len já havia morrido muito antes de nosso combate final...

Os três ao ouvirem aquilo ficaram confusos, mas decidiram não comentar nada.
Após isso, Evelyn se vira para Ayato e pergunta:

Antes Da Era Das TrevasOnde histórias criam vida. Descubra agora