A verdadeira desilusão. Parte 1. capítulo 9.

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Voltando para a visão de Ayato.
O garoto, após perceber que matou todos da vila, sai vagando pela densa floresta. Ele vagava seem rumo e sem esperança. Ele apenas procurava um motivo para continuar vivo. E em meio a sua desilusão, enquanto caminhava pela floresta, ele, com um olhar vazio, pensa: "A quanto tempo eu estou andando? Aonde está o Hiro? Por que que ele me abandonou...? Aonde eu estou indo? Por que ainda estou vivo...? O-o que eu faço? Por que eu matei aqueles seres?" Ele se pergunta e se perguntava sem parar. Perguntas que ele mesmo não sabia responder... Eram perguntas sem respostas. Eram perguntas sem sentido.
Assim, em meio a essas perguntas, Ayato percebe que estava na ponta de um penhasco. Ele estava tão perdido em seus pensamentos, que nem havia percebido que havia subido um penhasco. O garoto de cabelos vermelhos, olhava para o pé do penhasco, com aqueles olhos vazios, e percebia o quão alto ele estava, se ele caísse dali, era morte na certa.

— Será que não seria mais fácil... Não seria mais fácil... Não seria mais fácil...

Fácil, aquilo que não é difícil. Ayato, inundado por medo de acabar matando mais seres, insegurança de ser abandonado por mais pessoas e trauma de ver aqueles seres todos esmagados e mortos por ele mesmo, achava que aquela era a alternativa mais fácil...

— Que bela visão... — Sussurrava Ayato de maneira depressiva.

Difícil, aquilo que não é fácil. Ayato tinha medo de morrer e abandonar todos que ele já amou e todos que amam ele.
Confuso e incerto do que fazer, o garoto pensava: " Eu realmente tenho que fazer isso...? O que eu tô fazendo? Se eu fizer isso, não vai ter sido tudo em vão? Será que realmente séria o melhor a se fazer...? Mas mesmo que eu não faça isso, eu não tenho o que fazer, nem para quem recorrer. O que eu iria fazer sem alguém? Eu sou um inútil sozinho... Desde criança, eu sempre dependo dos outros... Nunca fiz nada sozinho... Eu preciso de alguem!!! É a primeira vez que eu me sinto assim, sem rumo, sem alguém para recorrer. E a primeira coisa que eu penso é em me matar, isso não é irônico...? Há tantas pessoas assim no mundo e continuam vivendo. Mas... Mas eu não consigo, porra!!
Enquanto pensava isso, Ayato caia de joelhos no chão, apertando seu peito e chorando.

— Eu sou tão... Tão fraco... Hahahaha... —  Falava o garoto, enquanto começava a rir de uma maneira completamente mórbida e triste, percebendo o quão inútil e frágil ele é. Rindo de sua própria desgraça.

Então Ayato se levanta e se aproxima da beira do penhasco, enquanto pensa: "Hã, é assim que tudo vai acabar...? Que merda hein, queria que fosse de uma maneira mais elegante..."

E quando Ayato ia por fim fazer algo que não haveria volta... Uma voz fina e feminina vem de trás de Ayato falando:

- Ou, ou, o que um ser tá fazendo aq-- PERAI GURI, SE VAI SE MATAR?!

Surpreso, Ayato olha para trás e vê Uma mulher jovem, com orelhas pontudas, cabelo branco curto com uma mecha vermelha, olhos castanhos e uma feição agradável. Ela vestia uma capa marrom, uma bolsa nas costas, calças cinzas e botas marrons. Ela tinha em sua cintura uma aljava verde com três flechas e segurava um arco elegante.

 Ela tinha em sua cintura uma aljava verde com três flechas e segurava um arco elegante

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