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𝐉𝐀𝐃𝐄𝐍

Parado diante ao espelho fecho os três botões do meu smoking, logo em seguida arrumando a gravata. A reunião começará daqui uma hora porém gosto de chegar no horário ou um pouco mais cedo.

Por alguma razão, estar nessa cidade hoje não está me cheirando bem. Desde o momento em que saí do apartamento essa manhã, parecia que tudo estava diferente. Algo naquele lugar me fez questionar algumas coisas, ela sempre ia dormir "cedo" demais, e todas as vezes que passei pelo corredor a noite as luzes de dentro do quarto ainda estavam ligadas, eu não posso afirmar algo até porque eu sei apenas poucas coisas sobre ela.

O que é algo que vem me incomodando muito.

Pego meu celular em cima da cama visualizando a mensagem da Dixie, que dizia que a cidade estava tranquila, mas que todos estão em alerta para qualquer imprevisto.

Nessa última semana Los Angeles estava calma demais, isso me preocupou, mas provavelmente é apenas mais uma das semanas de paz da assassina vermelha, já que sempre que mata alguém ela espera até um certo tempo para matar novamente. Como uma cobra, como se estivesse digerindo suas vítimas.

Jogo o celular em cima da cama, terminei os últimos detalhes e desço para a porta do hotel, onde há alguns taxistas estacionados, sem hesitar entro em um dos táxis pedindo para ir para a sede do FBI.

𝐇𝐀𝐘𝐋𝐄𝐘

Bebo um gole de whisky enquanto observo todas as câmeras do centro da cidade aparecerem em meu notebook. Meu celular vibra em cima da mesa da cozinha e eu pego vendo a mensagem de um dos meus informantes que estão em Washington, dizendo que Jaden acabou de entrar na sede do FBI.

Hossler está a milhares de quilômetros de Los Angeles, sem o celular por perto e a polícia está totalmente fraca sem ele aqui, destruir a cidade que ele tanto ama vai ser melhor do que colocá-lo em desespero por conta da mãe.

Hoje mais cedo, quando saiu do meu apartamento, ele me disse que ficaria o dia todo na delegacia e que provavelmente voltaria apenas no outro dia. Claro que fingi acreditar, para que tudo aconteça conforme o planejado por mim durante toda essa semana.

Daqui alguns minutos o portão do inferno se abrirá para as ruas de Los Angeles, enquanto daqui de dentro eu comando tudo lá fora, fazendo assim o comandante não desconfiar de mim, caso por alguma razão ele queria me transformar em uma suspeita.

Mando um código para Hillary, onde dizia, que comece o circo de horrores.
A resposta da minha melhor amiga vem de imediato quando pela tela do notebook eu vejo uma luz avermelhada. Caminho com pressa até a janela, vendo daqui os fogos de artifícios vermelhos explodindo no céu.

-Hora de nos dividirmos. - Escuto a voz de Bryce pelo meu walk talk que está em cima da mesa.

Me sento, observando das imagens das câmeras de trânsito, uma fileira de carros vindo do oeste em alta velocidade, os policiais de trânsito não vão gostar nenhum pouco disso.

O mazda rx7 amarelo de Vinnie vira a direita, indo para o norte, se dividindo dos demais e sendo seguido por alguns outros carros, o Ford GT preto de Hilary pega uma rua a esquerda para sul e se separando de Bryce que segue em frente, em direção a avenida do Grand Park.

Tento acompanhar os três pelas câmeras, enquanto me concentro em procurar viaturas na direção de um deles. Hillary e Hacker param em becos e Bryce junto com seu grupo, param em uma rua escura sem saída. Todos de calças e moletons pretos e uma máscara cobrindo seus rostos, cada um deles contendo uma mochila nas costas, todos apenas esperando minha ordem para poderem começar. Pego o segundo walk talk que dava para uma linha direta para Addison.

𝐀𝐒𝐒𝐀𝐒𝐒𝐈𝐍𝐀 𝐕𝐄𝐑𝐌𝐄𝐋𝐇𝐀 | ʲᵃᵈᵉⁿ ʰᵒˢˢˡᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora