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𝐉𝐀𝐃𝐄𝐍

Hayley saiu do apartamento apressada, estou tentando entender o que acabou de acontecer. Seus gritos apavorados ainda estão ecoando pela minha cabeça. Eu quero saber quem fez isso com ela, quero saber quem está tirando seu sono.

Quem é ela?

Pela milésima vez a pergunta soa em minha mente, passo a mão pelo cabelo tentando raciocinar o que fazer. Não quero segui-la, já tenho investigadores pessoais em sua cola.

Aboli o plano de infiltrar alguém por hora é só vou tomar essa medida caso seja necessário.

Vou para o quarto que estou, eu não tinha planos para ficar aqui, mas quando eu pensei em procurar alguma pista ao amanhecer, isso me fez ficar para tentar facilitar minha vida.

A voz dela soando em minha cabeça dizendo que não me quer aqui quando voltar, me faz querer ver sua reação se descobrisse que eu comprei o prédio inteiro, cada mísero metro quadrado, todos os apartamentos e carros que estão no estacionamento. Tudo para que ela não saia da minha vista.

Eu posso não ser a pessoa mais rica, mas meu posto na polícia é a herança milionária de meu pai que eu investi em alguns lugares, me faz ter um bom dinheiro para ter tudo o que quero.

O telefone vibra em cima da cama, e eu não acredito quando vejo que um dos rastreadores que coloquei em todos os carros do estacionamento está parado a doze quilômetros daqui, em um cemitério.

𝐇𝐀𝐘𝐋𝐄𝐘

Dirigi por horas, vaguei por ruas que eu mal sei qual são, sem nenhum destino em mente. Mas como sempre acabei em frente ao cemitério, ajoelhada em frente a lápide branca.

Uma lágrima escorre, arrependimento queima em meu peito.

O que eu estou fazendo?

Uma brisa leve balança alguns fios do meu cabelo e por alguma razão a sensação é reconfortante.

-Me desculpa pai. - é tudo que consigo dizer antes de cair em lágrimas.

Fico aqui ajoelhada com a cabeça abaixada no túmulo como se isso fosse tirar meu arrependimento.

O barulho no meio das folhagens me faz levar meus olhos para o meio das árvores. Meu moletom me cobre o suficiente para a arma de fogo na minha cintura não ser vista é me passar segurança.

Não ouço passos, é duvido ser o Jaden pois ninguém me seguiu até aqui. Estive atenta o tempo inteiro, ainda mais agora que ele descobriu minha identidade.

Me levando passando a mão nos joelhos, e pergunto alto se há alguém ali. Nenhuma resposta é pronunciada com isso começo a me afastar do túmulo.

Eu ando pelo cemitério sentindo a sensação de alguém me perseguindo, o medo às vezes nos faz ter sentidos mentirosos mas não acho que seja o caso. Olho para trás e não vejo ninguém.

O cemitério é literalmente no começo de uma mata cheia de árvores. Para minha sorte ou azar minha casa fica do outro lado do pequeno rio que corta a mata com a floresta. Se eu pegar meu carro vou acabar escapando sem ver o rosto do meu perseguidor.

O tempo em que eu tinha medo de ser perseguida já passou, estou cansada de fugir. Corro para a mata de repente, com a adrenalina correndo solta eu me sinto livre, ter a sensação de ser perseguida me causa sentimentos que me fazem aumentar minha velocidade.

A lua não está cheia, mas consigo observar com um pouco de clareza, eu subo na primeira árvore que vejo depois de correr o suficiente até antes do rio . Meus pés quase escorregam, mas eu sigo firme até que esteja no topo.

𝐀𝐒𝐒𝐀𝐒𝐒𝐈𝐍𝐀 𝐕𝐄𝐑𝐌𝐄𝐋𝐇𝐀 | ʲᵃᵈᵉⁿ ʰᵒˢˢˡᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora