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𝐇𝐈𝐋𝐋𝐀𝐑𝐘
𝐓𝐑𝐄𝐒 𝐀𝐍𝐎𝐒 𝐀𝐓𝐑𝐀𝐒

Nós corríamos por nossas vidas. Meu coração martelava contra o peito e eu tinha medo de que em algum momento minhas pernas falassem e eu acabasse ficando para trás.

—Merda precisamos sair daqui. — Vinnie grita.

Estávamos um atrás do outro, meu sangue está em minhas veias. A adrenalina domina meus sentidos enquanto corrermos sem rumo floresta adentro.

—Há um lugar. Uma casa não muito longe daqui. Eu descobri sobre ela. Eu decorei o mapa do local para caso de emergência. —grito para meus amigos. — Só precisamos achar o rio.

De repente Bryce para bruscamente em minha frente me obrigando a parar também, mas diferente dele eu acabo indo ao chão devido a velocidade em que corríamos. Atinjo o chão e sinto meu corpo rolar algumas vezes até que eu pare. Rapidamente eu me sento, tento apoiar meu braços no chão para me levantar mas uma dor insuportável me atravessa.

Eu choramingo de dor sentindo um líquido escorrendo pelo meu braço descendo até minha mão. O vermelho sangue se destaca na minha pele, de repente Vinnie está agachado ao meu lado.

—Porra, você foi atingida. — diz em preocupação enquanto tatea meu braço para achar o ferimento.

Ele rasga uma parte da sua camisa em um formato de faixa e a coloca em meu braço, enrolando em torno do machucado e fazendo pressão para estancar o sangramento.

—Precisamos ficar em silêncio. Há um rio perto da casa, se acharmos ele, chegamos no lugar. —digo a eles assim que Vinnie termina com meu braço me ajudando a ficar de pé.

Sem delongas começamos a adentrar mais e mais a floresta. É uma caminhada longa,  vento gelado batia em meu rosto e assim que olho para o cima vejo o céu fechado com nuvens carregadas. Nossos passos estão apressados procurando pelo rio.

Depois de uma longa caminhada finalmente conseguimos ter vestígios do barulho da água corrente. Apontamos os passos cada vez para mais perto do som da água e em pouco tempo estávamos frente a frente com o rio.

—Nós precisamos subir.

—Como sabe que precisamos subir e não descer o rio?

—Precisamos seguir ao contrário do curso do Rio. A casa é perto da nascente. — digo andando. — Se não formos rápido logo vai escurecer, então vamos.

Ao longo de todo o curso, nos mantemos em silêncio, eu sigo na frente, meus pés já estão dormentes, pelas horas de caminhada. O céu está cada vez mais escuro. Não tenho ideia de que horas são, já que todos nós estamos sem celular depois que o descartável de Bryce descarregou.

Depois de muito tempo finalmente chegamos a um grande muro, que passa por cima de um tipo de cobertura rochosa do outro lado do rio. Meus amigos ficam de boca aberta vislumbrando o muro coberto por um cerca viva.

—Eu vou primeiro para procurar pela passagem debaixo d'água— digo seguindo em frente para poder entrar na água.

—Não vou deixar você ir sozinha. —Vinnie diz vindo logo atrás de mim.

—Precisa confiar em mim. Não temos muito tempo se essa chuva está vindo da nascente e muito provavelmente o fluxo do rio irá aumentar. — digo começando a entrar na água, mas as mãos grandes do Hacker envolvem meu braço.

—Cuidado. — sussurra de modo firme pra mim. Eu sorrio avançando sobre ele deixando um selar em sua bochecha.

—Volto logo. — digo antes de adentrar o rio

𝐀𝐒𝐒𝐀𝐒𝐒𝐈𝐍𝐀 𝐕𝐄𝐑𝐌𝐄𝐋𝐇𝐀 | ʲᵃᵈᵉⁿ ʰᵒˢˢˡᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora