15 𝐀𝐍𝐎𝐒 𝐍𝐎 𝐏𝐀𝐒𝐒𝐀𝐃𝐎
𝐇𝐀𝐘𝐋𝐄𝐘Meus pés parecem fundidos com a terra enquanto observo o caixão ser fechado, ao meu lado meu pai deixa suas lágrimas caírem por de trás do óculos escuro. É estranho pensar que a setenta e duas horas atrás nós três estávamos felizes e juntos.
Meu pai toca meu ombro fazendo meu corpo despertar do transe, eu não queria chorar mas não na frente dele, em passos leves caminho para trás, ele me olha, um nó se faz em minha garganta quando eu vejo o caixão ser levado, às lágrimas em meu canto de olho estão presentes a cair, apresso os passos para trás e saio correndo. Ouço a voz dele chamando por meu nome mas não paro, apenas corro entre os túmulos enquanto minha visão fica turva pelas lágrimas que vão caindo sem parar.
Uma dor aguda preenche meu peito enquanto as lágrimas deslizam pela minha bochecha. Porque no final, quando perdemos alguém, cada vela, cada oração, não compensarão o fato de que a única coisa que sobrou é um buraco na sua vida onde aquela pessoa costumava estar.
Uma coisa que ninguém me falou sobre crescer e que eu gostaria que tivessem me avisado é que as pessoas vão embora até mesmo as mais próximas e as que você mais ama e não tem nada que possa fazer a respeito, porque não temos o domínio de quem fica e quem vai, por mais que você queira.
Eu paro assim que a dor no meu pulmão é maior do que minha necessidade de me libertar, caio de joelhos na grama enquanto meus olhos arderem pelas lágrimas, me sento por completo no chão puxando minhas pernas e encostando a testa no joelho.
-Tudo bem? - uma voz suave diz ao meu lado antes de colocar a mão em meu ombro, o que me assusta me fazendo levantar rápido.
-Sinto muito, não era minha intenção te assustar. - o garoto de olhos azuis como o mar diz. - Quer me contar o que aconteceu? Talvez você se sinta melhor.
Engulo em seco encarando o garoto, ele não parece ser suspeito, coloco a mão no bolso do vestido preto sentindo meu pequeno aparelho de segurança, me sento no chão e ele faz o mesmo.
O garoto tem os óculos pendurados no colarinho do moletom e seu cabelo é um tipo de topete despojado, ele me encara e novamente engulo em seco.
-Minha mãe morreu, isso é tudo, pode ir agora. Não precisa fingir que se importa. - na mesma hora o garoto arregala os olhos pela minha fala inicial.
-Sinto muito pela sua per.....
-Já disse que não precisa fingir que se importa. - falo grossa.
Eu preciso que essa tristeza vá embora, então preciso substituí-la por qualquer outro sentimento viável.
-Uma vez me disseram que tudo bem ter sentimentos e se sentir triste, as emoções e o que nos fazem sentir vivos sendo eles bons ou ruins. - o garoto diz e eu acabo deixando uma lágrima escorrer.
-Quem te deu esse conselho péssimo? - perguntei quase em um sussurro, ele sorri e então diz.
-Minha avó - sorri enquanto coça a nuca. -Então, qual seu nome? - fico em silêncio e olho para baixo.
-Tudo bem, não precisa falar se não quiser, eu posso te chamar de moranguinho, até porque você cheira a essência de morango. - sorri ainda coçando a nuca.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐀𝐒𝐒𝐀𝐒𝐒𝐈𝐍𝐀 𝐕𝐄𝐑𝐌𝐄𝐋𝐇𝐀 | ʲᵃᵈᵉⁿ ʰᵒˢˢˡᵉʳ
FanfictionEu sinto o ódio correndo em minhas veias ansiando por vingança, por seis anos eu planejei cada passo meu, cada morte, cada jogada. Jaden Hossler acabou com a minha vida, e agora é a minha vez de acabar com a dele. "O inferno está cada dia mais pró...