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𝐇𝐀𝐘𝐋𝐄𝐘

Por mais que eu me ache uma idiota por ter vindo, não sei o que esperar do Jaden sozinho em meu apartamento.

As portas do elevador se abrem, a casa está escura, e isso me faz pensar do porquê ele me chamou se tudo está apagado.

-Jaden? - chamo por seu nome assim que piso no apartamento.

Minha mão vai para a parede em busca do interruptor, quando acho, a sala se ilumina. De repente meus olhos se prendem na gota de sangue a alguns centímetros de mim, meu coração fica preso na garganta sem saber de onde veio isso. Um resmungo vem do sofá e eu ando depressa até lá.

-Puta merda Hossler. - Eu quase gritei ao ver seu estado. - O que aconteceu?

Seus rosto tem diversos ferimentos, são todos leves mas não deixam de sangrar. Seu nariz é o que mais escorre sangue, ele está com o colete a prova de balas o que me faz ter certeza que ele veio direto para cá.

Seguro seu rosto em minha direção com as mãos seus olhos se abrem um pouco e isso me deixa um pouco menos tensa.

-Quem fez isso com você?

-Isso não importa, só fica aqui. - sua voz é lenta e fraca.

Eu concordo com a cabeça, eu pretendo perguntar mais tarde ou amanhã. Além de eu tentar disfarçar um ódio está correndo pelas minhas veias por saber que outra pessoa o machucou sem ser eu. Isso me enfurece mas tento não demonstrar.

-Você precisa levantar, consegue fazer isso? Vou deixar você descansar após isso. - ele concorda e com isso lentamente vai se levantando.

Ele tenta se pôr de pé mas falha, eu quase tenho vontade de revirar os olhos mas não faço. Apoio seu braço em meu ombro e o ajudo a caminhar até o meu quarto.

Quando ele cai em minha cama eu começo a tirar seus contornos e seu colete que é extremamente pesado.

Eu não tenho uma única peça masculina em meu closet, não sei como vou fazer para colocá-lo no banho, mas não existe nenhuma maneira dele dormir sujo de sangue.

Pego ele pelo braço novamente e com esforço eu o levo para o banheiro, Jaden não está completamente inconsciente, mas sim levemente fora de si.

Levo ele para o banheiro retiro sua camiseta, tento de tudo para tentar colocá-lo já banheira mas ele simplesmente não consegue levantar a própria perna. Desistindo deixo ele sentado na tampa da privada e começo a encher a pia de água.

Pego um pano limpo no armário juntamente da caixa de primeiros socorros, ando até ele me concentrando em seus machucados que não são poucos. A maioria dos cortes estão em suas bochechas, porém a um de raspão no braço o que me faz pensar que pode ter sido de alguma bala. Seu peitoral tem alguns roxos mas não o suficiente para ficar preocupada.

Assim que a água preenche uma certa quantidade desejável na pia eu desligo a torneira, molho o pano e seguro seu rosto.

-Isso pode doer um pouco. - Com calma eu aproximo o pano molhado de seus cortes, ele resmunga e suas mãos voam para meu quadril apertando com força.

Por mais que esteja doendo ele não se afasta, mas é claro que isso não o impede de me segurar com força e soltar alguns grunhidos. Seu aperto intensifica quando passo um medicamento em cima de todos os ferimentos. Isso com certeza me renderá uma marca mais tarde.

Por fim terminei o curativo em seu braço, seguro os dois lados de sua mandíbula e trago seu olhar para mim. Ela parece bem mais consciente do que quando cheguei. Ele solta meu quadril respirando fundo para se levantar, mas eu o empurro de volta para onde está sentado, seu olhar está grudado no meu e isso me rende um arrepio pelos olhos azuis profundos.

-Quem fez isso com você? - pergunto firme.

-Porque quer saber? Não é como se você pudesse resolver.

Minhas mãos vão para seu peitoral e o empurram um pouco mais para trás enquanto me curvo um pouco sobre ele.

-Eu não quero resolver nada, apenas saber o que aconteceu. - digo seria.

Ele sorri de lado vendo meu jeito autoritário.

-Caralho, já te falaram que você fica muito mais gostosa com esse seu jeitinho mandona. - diz se aproximando da minha boca e arrastando suas mãos para minha bunda dessa vez.

-Você precisa descansar. - Corto totalmente o clima me afastando.

Ele bufou uma risada e levantou-se apoiando em meu ombro. Eu o ajudo a caminhar para o quarto, deito ele em minha cama para poder me afastar mas sua mão vai direto para meu pulso.

-Eu vou ficar no quarto de hósp....

-Nem pensar, não vou te expulsar do seu próprio quarto - ele tenta levantar mas eu seguro seu ombro.

-Jaden...

-Não. - ele segura meu pulso um pouco mais. - Então vamos dormir os dois aqui.

Minha boca abre e fecha, tento retrucar mas acabo não encontrando argumentos. Olho para a porta do quarto aberta pensando em negar seu pedido mas ignoro o pensamento e apenas concordo com a cabeça.
Me afasto para pegar um pijama no closet e me trocar por lá mesmo.

Volto para o quarto vendo Jaden já aninhado em um dos cantos da cama. Ando até a cabeceira da cama e ligo o abajur para me ajudar a enxergar após eu desligar a luz do banheiro.

Me sento na minha ponta da cama e passo a mão no rosto. Demoro muito para dormir e é claro que não será diferente essa noite, me deito puxando o cobertor até a altura da minha cintura.

Fantasio algumas coisas em minha mente antes de suspirar e desligar o abajur, tento me concentrar na minha respiração até o sono vir. Ele demora mas por fim durmo, torcendo para não ter um pesadelo.

 Ele demora mas por fim durmo, torcendo para não ter um pesadelo

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QUE CAPÍTULO RUIM, juro odiei

𝐀𝐒𝐒𝐀𝐒𝐒𝐈𝐍𝐀 𝐕𝐄𝐑𝐌𝐄𝐋𝐇𝐀 | ʲᵃᵈᵉⁿ ʰᵒˢˢˡᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora